Espetáculo “Ovo” volta em cartaz neste final de semana
Montagem convida público para reflexões sobre a passagem do tempo, o desaparecimento das pessoas e a falta de respostas no transcurso da vida
O espetáculo “Ovo”, do Agon Teatro, volta ao cartaz no Circo Funcart neste fim de semana. As apresentações acontecem no sábado e domingo, dias 23 e 24 de julho, às 20 horas. O grupo londrinense constrói uma arena circular e leva os espectadores para o palco, em cadeiras bem próximas dos atores. “Ovo” estreou no ano passado com patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), e já cumpriu temporadas bem-sucedidas também na Usina Cultural e em importantes festivais como o FILO e o Londrix.
A encenação conta a história de dois irmãos, Édipo e Electra, que passaram a juventude na zona rural e se reencontram na cidade em um momento decisivo: a morte da mãe. A notícia dilacerante é o mote para revisões do passado e projeções do futuro, para reflexões sobre o destino e a finitude das pessoas. Ao mesmo tempo em que trabalha com temas e personagens trágicos, a dramaturgia estabelece laços com o presente e com assuntos cotidianos.
Com texto poético de Renato Forin Jr., que também assina a direção e está em cena ao lado da atriz Danieli Pereira, o espetáculo é ambientado em um antigo galinheiro, onde os irmãos trabalhavam e brincavam na infância. Para chegar neste espaço onírico, o Agon Teatro propõe uma série de transformações cenográficas, sonoras e de figurino, empreendendo uma viagem entre rural e urbano.
Para a construção de “Ovo”, o grupo teve orientação cênica de Marcio Abreu, prestigiado diretor da Cia Brasileira de Teatro. A trilha é assinada por José Carlos Pires Júnior, a luz é de Maria Emília Cunha, os figurinos são de Nathalia Oncken e o cenário é uma criação coletiva do Agon.
Os ingressos custam R$20,00 e R$10,00 (meia ou entrada antecipada). Os bilhetes já estão disponíveis na secretaria da Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380) em horário comercial. Nos dias de apresentação, a bilheteria abre às 19 horas. Devido ao espaço alternativo, a montagem acolhe apenas 100 espectadores por sessão.
Foto: Victor Pedrassoni




