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CMTU divulga novo balanço da Central de Valorização de Materiais Recicláveis

Entre junho e outubro, empreendimento comercializou mais de 252.450 quilos de produtos recicláveis

 

Desde que começou a operar, em junho, a Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR) de Londrina já beneficiou e comercializou mais de 252.450 quilos de garrafas PET, embalagens longa-vida, papel, papelão e outros itens reutilizáveis. Do meio do ano até o mês de outubro, o volume recebido das cooperativas que operam a coleta seletiva na cidade chegou à marca de 367.365 quilos. A diferença entre o que a Central adquiriu e o que transferiu às indústrias compradoras permanece estocada no local. O objetivo é garantir que as transações obtenham o melhor preço possível.

Relatório divulgado nesta segunda-feira (27) pela Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) revela que, apesar da discrepância de quase 115 toneladas entre o que entrou e saiu da CVMR no período, a balança comercial do empreendimento – variação entre o total comprado e vendido – é de apenas R$ 28.625,37. Isso porque, após receberem beneficiamento, os itens passam a ter mais valor agregado. Em setembro, por exemplo, o quilo da PET foi adquirido a R$ 1,60 e vendido por R$ 3,02. Já a embalagem longa-vida deu entrada valendo R$ 0,23, em agosto, e foi repassada a R$ 0,35.

Segundo a analista ambiental da CMTU, Eliene Moraes, os resultados obtidos apontam a viabilidade econômica do empreendimento. Ela explicou que, a depender do valor de mercado de cada material num certo período, a Central pode deixar de realizar as vendas. “O importante é saber negociar. Muitas vezes é mais vantajoso estocar uma variedade até que se acumule um bom volume. Aí depois, com o preço médio do item mais em conta, as transações podem ser efetivadas com boa margem de ganho”, exemplificou.

Eliene relatou que mercadorias como as latas de alumínio são 100% recicláveis. Graças à possibilidade de serem completamente reaproveitadas, elas têm sempre mercado fiel e, por isso, podem ser vendidas em pequena escala. “No entanto, este não é o caso da garrafa PET, do papelão e de outros tipos de resíduos comercializados pela CVMR. Dessa forma, reunir uma boa quantidade até o momento mais conveniente é, de fato, a melhor estratégia”, afirmou.

Para Vinícius Marques Campos, engenheiro ambiental e supervisor administrativo da Central, os números do relatório não podem ser analisados somente como balança comercial negativa. “Muito do que foi comprado entre junho e outubro só vai ser vendido em novembro e dezembro. Ou seja, os dados ainda vão mudar. Sempre vai haver épocas em que a gente vai mais adquirir produtos do que revender, mas trata-se de algo estratégico. O interessante mesmo é observar o quanto a Central tem conseguido agregar valor ao que recebe das cooperativas”, disse.

Ele ressaltou que, além de alguns materiais exigirem longos períodos de processamento e beneficiamento, existe a necessidade de formação de carga, de acrescentar peso aos carregamentos para a venda. “Apesar de valores não tão expressivos, o negócio se estabilizou. A tendência agora é que a balança comercial desfavorável seja diminuída e revertida. Estamos em fase de ajuste fino da logística, em que os processos estão sendo otimizados. Já há mais procura do que oferta, então consideramos estar no caminho certo”, avaliou.

Histórico – Inaugurada em dezembro de 2016 no Parque Industrial José Belinati, região norte de Londrina, a CVMR é resultado da parceria entre a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), as cooperativas de catadores, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza (ABIPLA) e a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI).

Antes de começar a operar, em junho, o empreendimento passou por uma série de adequações. Além do período de retirada da documentação, houve a fase de ajustes no prédio, de adaptação das máquinas e prensas e de capacitação dos trabalhadores. São atribuições da CMTU no negócio o aluguel do barracão de 2 mil metros quadrados, o acompanhamento e fiscalização das atividades e a orientação dos moradores quanto à separação correta do lixo reciclável gerado nas residências.

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