Revitalização do Igapó é tema de debates na UEL
Assessor da Prefeitura apresentará as ações e projetos que vêm sendo debatidos na cidade em prol de uma cidade inteligente e sustentável
Assessor da Prefeitura apresentará as ações e projetos que vêm sendo debatidos na cidade em prol de uma cidade inteligente e sustentável
Para apresentar o projeto que pretende ajudar na limpeza e despoluição do Lago Igapó e as ações que vem sendo estudadas em prol da revitalização dos lagos Igapó I, II, III e IV, o assessor para assuntos estratégicos da Prefeitura de Londrina, Luiz Figueira de Mello, vai participar nesta sexta-feira (14), às 9 horas, do Seminário Pró Igapó, organizado pelo Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente (Geama) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no auditório da Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH) da UEL.
O objetivo do seminário é debater práticas sustentáveis que podem ser feitas para a revitalização dos quatro Lagos Igapó, unindo os conhecimentos científicos e acadêmicos com aqueles desenvolvidos por representantes do poder público e da sociedade civil. Por isso, foram convidados diversos especialistas e proponentes de projetos. Os interessados em participar do evento ainda podem se inscrever pelo http://geamauel.blogspot.com/. Aqueles que desejarem certificados, precisam fazer o pagamento de R$ 10,00.
Segundo o coordenador do evento e doutor em Ciências Sociais, Paulo Bassani, a ideia de realizar este seminário adveio após verificada a mobilização de toda a sociedade em prol do Projeto Pró-Igapó. “Chamamos de complexo do Igapó, porque ele é um fundo de vale importantíssimo para a cidade, para a qualidade de vida da população, do microclima da cidade e como área de lazer, caminhada e de reunião das famílias. Então, além da parte hídrica, referente ao assoreamento do lago por parte de material biológico e inorgânico advindo de descarte irregular, temos que pensar o entorno do lago”, disse.
Durante o evento, o assessor de assuntos estratégicos da Prefeitura de Londrina apresentará a tecnologia dos microrganismos bioremediadores que, em formato de esferas, conterão leveduras e lactobacilos que devem eliminar os coliformes fecais e outros organismos capazes de causar doenças. Mantendo o equilíbrio ecológico do lago, será possível diminuir a decomposição da matéria orgânica encontrada no fundo, visto que elas vão inocular nele, ajudando, assim, no desassoreamento e na limpeza da água.
Ao todo, existe a previsão de que mais de 120 mil esferas sejam dispersadas nas águas dos quatro lagos de Londrina. Apenas no laçamento do projeto, que ocorrerá no dia 23 de setembro, durante o 10º Abraço pela Paz, o Município espera dispersar nas águas do Lago Igapó II, 10 mil bolas de bioremediadores. Além deles, serão instaladas nas nascentes das águas que formam a Bacia do Cambé, caixas de águas que pingarão o produto na superfície. A expectativa é que em 45 dias após serem lançadas, um raio de 1 metro cúbico de água, seja possível observar a diferença na limpeza da água.
“O projeto é importantíssimo para o Lago Igapó e para toda a região metropolitana de Londrina, visto que a nossa cidade é o centro da região. Por isso, buscamos um desenvolvimento inteligente, por meio de uma cidade inovadora, moderna, saudável, sustentável e solidária, que melhore a qualidade de vida da população. O papel do poder público é ser o articulador das ações com o apoio da sociedade, pois se a comunidade não contribuir não conseguimos avançar”, disse Mello.
Durante todo o processo de limpeza das águas do Igapó serão feitas análises químicas, físicas e biológicas por meio das instituições de pesquisa e ensino superior de Londrina, como a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR).
O mesmo procedimento já foi utilizado em outros países para a despoluição de rios e lagos, assim como pela Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa). Para o Município de Londrina, o projeto não terá custos, pois será pago por investimentos de construtoras, empresas privadas, instituições de pesquisa e de ensino superior e com a contribuição de pessoas físicas. Esta iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao Projeto Cidades Sustentáveis.
São parceiros da iniciativa, a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), o Fórum Desenvolve Londrina, as Instituições de Ensino Superior (IES), como a Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), construtoras, pessoas físicas e empresas privadas.
Foto: Ilustrativa