Prefeitura leva alimentos nutritivos diariamente a 44 mil alunos
Com oito opções de cardápios, a Secretaria Municipal de Educação garante boa parte das necessidades diárias de cada estudante
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Os cardápios servidos nas escolas podem ser acompanhados pelo site Merenda nas Unidades Escolares .
São 78 mil refeições por dia para alunos de 120 unidades escolares. Ao todo, 44 mil 692 estudantes da Educação Básica, ProJovem ou Educação de Jovens e Adultos suprem parte da da necessidade nutricional nas escolas. Para atender a toda essa demanda, a Educação conta com uma Gerência de Alimentação Escolar, uma equipe que alinha as compras de produtos, adquiridos mediante licitação para a elaboração de cardápios que variam mês a mês.
A Secretaria Municipal de Educação investe, na Alimentação Escolar, aproximadamente R$10.700.000,00, para aquisição de gêneros alimentícios. A nutricionista da Educação, Mirtz Ayumi Nakamura Kuwahara, explica que o trabalho envolvendo a merenda escolar segue as determinações da Resolução nº 26/2013, do Ministério da Educação, que define as normas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
O Município conta com oito cardápios diferenciados por faixa etária e outros critérios. Eles podem ser acessados pelos pais na página da Educação no Portal da Prefeitura, e variam a cada mês. “Temos dois cardápios que atendem a Educação Infantil. Para os bebês, o cardápio CMEI CB, composto por leite, papinhas e frutas. Para as crianças de um ano de idade até as turmas do P5, servimos o Cardápio CMEI Integral, com quatro refeições – desjejum, almoço, lanche da tarde e jantar”, afirmou.
As crianças das séries iniciais, e que estudam em período integral, contam com um cardápio de cinco refeições, pois inclui a colação, que é um lanche rápido entre o desjejum e o almoço. “Para as demais crianças do ensino fundamental, das turmas das séries iniciais, temos o cardápio principal ou alternativo. A diferença entre eles é que o principal serve uma refeição completa diária, e o alternativo é composto por lanches, como pão de queijo, bolo, torta, entre outras opções, com uma refeição completa por semana. Em algumas unidades temos a opção do desjejum, para atendimento de uma clientela diferenciada que necessita de reforço quando chega na unidade escolar. Os alunos da Educação de Jovens e Adultos também contam com cardápio próprio, servido uma vez ao dia”, complementou a nutricionista. Raramente falta algum ingrediente, mas, quando acontece, o item é substituído por outro produto similar. Foi o que aconteceu com o feijão, no início das aulas, cujo preço havia disparado.
Para montar os cardápios, a equipe se baseia na disponibilidade dos produtos de época, que podem ser encontrados com mais facilidade e melhor preço, incluindo os alimentos provenientes do programa de Agricultura Familiar. “Todos os cardápios são elaborados seguindo as recomendações nutricionais da Resolução Nacional, pensando no cuidado com as necessidades nutricionais diárias da criança. A regra é que, para as turmas do período integral, devemos fornecer no mínimo três refeições para suprir pelo menos 70% das recomendações nutricionais diárias. E para o período parcial, são refeições que atendam, no mínimo, 30% dessas recomendações. Então cada combinação feita é pensada e estudada, não é uma escolha aleatória”, enfatizou Mirtz.
Casos especiais – A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia estima que, dentre as crianças com menos de três anos de idade, cerca de 8% tenham reações alimentares de causas alérgicas. Dentre os adultos, esse índice é de aproximadamente 3%. Sobre a intolerância à lactose, o açúcar presente no leite, um estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia e Nutrição de São Paulo, aponta que 20 a 25% dos brasileiros têm deficiência da enzima responsável pela digestão da lactose, provocando a intolerância ou alguns dos seus sintomas.
Há ainda um número cada vez maior de casos de obesidade, diabetes, intolerâncias a glúten e outras situações que envolvem diretamente os hábitos alimentares. “Para prover a estes alunos a alimentação adequada, são feitos cardápios individualizados, adaptados para cada situação e priorizando alimentos in natura. Esses casos chegam a nós por meio da direção da unidade escolar, que nos encaminha atestado médico. A gestão escolar também faz uma anamnese com o responsável, e fazemos essa adequação com base nessas informações. Somente em 2018, tivemos mais de 300 alunos por mês com restrição alimentar”, contou Mirtz.
Outra variável que a merenda escolar possui é em relação às festividades de época. “Esse é um detalhe que também consideramos. Dependendo da data festiva é elaborado um cardápio com refeições dentro das necessidades nutricionais e dando a possibilidade de comemoração. Por exemplo, em abril, mês da Páscoa, será servido bolo de chocolate. Na época das festas juninas, os alunos também terão mais canjica, pipoca e outros produtos típicos, sempre dentro do que é permitido pela resolução do PNAE”, citou a nutricionista da Educação.