Cidade

Londrina debate Plano de Mobilidade Urbana

Intenção é construir uma cidade com sistema de mobilidade urbana seguro, sustentável e com serviços e oportunidades econômicas equitativas para todos

Durante o dia de hoje (17), técnicos da Prefeitura estiveram reunidos com diversas entidades para debater democraticamente o futuro de Londrina em termos de mobilidade urbana. A reunião foi realizada no auditório da Fiep, que fica na rua Deputado Fernando Ferrari, 160. O prefeito Alexandre Kireeff abriu a discussão, fez comentários sobre a realidade e estimulou a participação de todos.

O objetivo de encontros como o de hoje é apresentar e receber sugestões da população sobre a cidade que todos desejam para os próximos anos e, através disto, montar um plano de mobilidade urbana. Para tanto, a Prefeitura conta com a parceria estabelecida com a organização não-governamental Embarq Brasil, que dará suporte técnico durante todo o processo, e com a opinião de representantes de entidades que enfrentam diariamente a realidade do sistema viário como o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), representantes de taxistas e mototaxistas e do Instituto de Educação Estadual de Londrina (IEEL), entre outros.


Diversos modais serão estudados para as necessidades de Londrina, sempre privilegiando a mobilidade de pessoas e não apenas de veículos. “Nós estaríamos errando muito se usássemos apenas um modal, uma solução, para toda a cidade. Provavelmente a solução que se tem para o centro da cidade seja diferente daquilo que será utilizado nos bairros, ou seja, para cada problema teremos uma solução. Por isso, precisamos trazer as pessoas para a discussão”, informou o assessor executivo, Carlos Alberto Geirinhas.

Solução duradoura

O prefeito Alexandre Kireeff lembrou que a chave para o desenvolvimento de um plano de mobilidade sustentável, econômico e com serviços de qualidade é o planejamento. “Temos que ter um planejamento, uma linha a ser seguida, para que não apenas a atual gestão, mas aquelas que nos sucederem possam seguir sempre buscando a facilitação da mobilidade do cidadão através das diversas alternativas de transporte. Precisamos de soluções que sejam realmente compatíveis com a capacidade de pagamento do usuário”.

A meta da Prefeitura quanto ao plano é buscar um sistema de transporte limpo, seguro, acessível e que garanta mobilidade aos pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas de veículos individuais e coletivos, enfim a todos os cidadãos. Para isso, os técnicos da Embarq Brasil e da Prefeitura analisarão as necessidades londrinenses, avaliarão ações de sucesso realizadas em cidades brasileiras e mundiais, para então elaborarem o plano de mobilidade urbana.

Sobre o Plano

Além da estruturação e modernização do sistema de transporte, a elaboração de um Plano de Mobilidade Urbana é necessária porque a partir de 2015 o governo federal repassará, para municípios com mais de 20 mil habitantes, recursos financeiros para a área de transportes apenas para aqueles que tiverem um plano de mobilidade, o que está instituído na Lei 12.587/12, que aborda a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Em Londrina, já são quase 400 mil veículos para 540 mil habitantes.

O coordenador de Projetos de Transporte da Embarq Brasil, Diogo Pires Ferreira, explicou que a preocupação primordial que move a implantação de um plano de mobilidade é com a qualidade dos serviços que se pretende atingir. ”O discurso é: que melhorias podem ser feitas pelo sistema de transporte? Há diversas características que podem ser implementadas no sistema de transporte que podem vir a melhorá-lo e capacitá-lo, além de investimentos em formas de transporte não motorizadas, que é um potencial que poucas cidades enxergam e é importante, porque ajuda na integração do transporte”.

Metodologia para elaboração

Para elaboração do plano serão seguidos sete passos: preparação do processo com análises preliminares do cenário atual e levantamento de dados; em segundo, a definição do escopo; em terceiro, o estabelecimento de parcerias com entidades envolvidas e elaboração de um termo de referência; em quarto, a elaboração e legitimação do plano; em quinto, a aprovação com a verificação do plano através de audiência pública; em sexto, a implementação e detalhamento dos estudos e projetos de monitoramento das ações; e, por último, a avaliação e a revisão das propostas e ações do plano que devem ser feitas periodicamente.

A Embarq Brasil está auxiliando a Prefeitura há cerca de dois meses para viabilizar que o projeto do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) esteja harmonizado com o Plano de Mobilidade Urbana.

Participantes

Estiveram presentes ao encontro realizado hoje representantes da Câmara Municipal, do Observatório de Gestão Pública, Sinttrol, FIEP, Taxistas, mototaxistas, transporte escolar, Metrolon, Ministério Público, Conselho Municipal de Meio Ambiente, OAB Subseção Londrina, Transporte Coletivo Grande Londrina, Pullin Consultoria, Caixa Econômica Federal, IEEL, servidores públicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Companhia de Habitação de Londrina (Cohab), Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Secretarias de Obras, Gestão Pública, Cultura, Defesa Social e Ambiente, Procuradoria, Comunicação da Prefeitura, além dos profissionais da Embarq Brasil.

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Ana Paula Hedler

Gestora de Comunicação, formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especialista em Comunicação com o Mercado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.

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