Cidade
“Trem pé vermelho” visa comodidade e segurança do eixo
A reunião sobre a implantação do projeto, realizada ontem (dia 26) em Maringá, prevê a retomada do uso do sistema ferroviário para uso no transporte de passageiros
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“Foi uma reunião muito importante. Segundo o estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro nossa região é uma das áreas mais propícia para este tipo de transporte”, afirmou o prefeito Barbosa Neto. “A implantação da linha de trem ligando Ibiporã a Paiçandu vai de encontro aos anseios da população. È um transporte rápido, seguro e barato”, declarou.
O prefeito disse que a expectativa é que já em 2011 o trem já esteja em funcionamento. “Este projeto também é parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que está investindo no resgate do trem de passageiro em todo o Brasil”. Barbosa inda enfatizou que o transporte por trilhos traz a vantagem de que é não poluente. “É uma energia limpa, reduzindo a utilização do combustível fóssil”, comentou.
O projeto foi apresentado pelo diretor do Departamento de Relações Institucionais da Secretaria de Política Nacional de Transportes (SPNT) do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, coordenador do programa de implantação de trens regionais de passageiros. Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPUL), Carlos Alberto Hirata, o trem vai beneficiar todo o eixo entre Paiçandu e Ibiporã, região norte do Estado, num trajeto de 125 quilômetros.
Ainda de acordo com ele, o projeto visa a instalação composições modulares, que permite acrescentar ou retirar vagões conforme os horários de maior demanda pelos passageiros. Além disso, o trem servirá para o transporte de cargas, como encomendas leves, cartas e outros. “O serviço vai implantar o que há de mais moderno desenvolvido pela indústria brasileira. O sistema irá agregar valor nas áreas de seu entorno, em decorrência dos investimentos que receberá em infraestrutura, trazendo segurança, barateamento do custo no transporte aos passageiros que optarem pelo uso para viajarem nos destinos estabelecidos, além de usufruírem de um transporte seguro e confortável”, destacou Hirata.
Além disso, Hirata enfatizou que o sistema ferroviário não concorre com o rodoviário, mas complementa-o, uma vez que os terminais poderão ser instalados próximos um do outro para facilitar o transporte da população na área urbana. “Esse sistema só vai trazer benefícios para Londrina e região, porque os usuários terão mais comodidade, segurança, melhoria da infra-estrutura, barateamento de custos. O trem vai proporcionar o desenvolvimento e valorização regional, além de desafogar as rodovias desse eixo”, completou.
A reunião resultou na escolha do presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, como coordenador dos trabalhos. As prefeituras ficaram encarregadas de apresentar expectativas municipais perante o projeto, para que então outro encontro seja agendado. “Será elaborado um termo de referência para contratação de um novo estudo diagnóstico para apurar a demanda de origem e destino de passageiros do trem para dimensionar o projeto executivo”, explicou o presidente do Ippul.
O “trem pé vermelho” necessitará do estabelecimento de um convênio entre os Governos Federal, Estadual com anuência dos municípios beneficiados.
(Londrina, 27 de agosto de 2009)
Foto:Luiz Jacobs