Cidadão

Projetos ambientais da rede municipal são premiados no Londrina Matsuri

Na décima edição do Concurso Melhores Práticas, CMEI Professora Laura Virgínia de Carvalho Ribeiro obteve o primeiro lugar

Foi encerrada, no domingo (8), a 17ª edição do Londrina Matsuri – Festa da Primavera, realizada no Parque de Exposições Ney Braga. Durante o evento, unidades escolares da rede municipal participaram da 12ª Mostra Meio Ambiente, e foram premiadas pelo Concurso Melhores Práticas voltadas ao meio ambiente. O primeiro lugar foi concedido para o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Laura Virgínia de Carvalho Ribeiro. No segundo lugar, ficou a Escola Municipal Dr. Joaquim Vicente de Castro e, na terceira colocação, a Escola Municipal Sônia Parreira Debei.

O resultado do concurso foi divulgado no último dia do festival, com entrega de premiação aos vencedores. As unidades receberam caixas amplificadas, troféus e certificados de participação. O Londrina Matsuri é uma realização do Grupo Sansey, com apoio da Prefeitura de Londrina.

Foto: Educação

De acordo com o coordenador geral do Londrina Matsuri, Luiz Shiroma, o festival tem como objetivo principal preservar e apresentar a cultura japonesa, difundindo seus preceitos. “Há doze anos realizamos, dentro da programação, a Mostra Meio Ambiente, pois essa também é uma preocupação da cultura japonesa. Cuidar do nosso lar, do nosso país, é algo diretamente ligado à preservação do meio ambiente, e buscamos incentivar isso”, afirmou.

O coordenador geral do festival citou diversas ações promovidas ao longo das edições do Londrina Matsuri, que começou em 2003 na Praça Nishinomiya, e só em 2008 passou a ser realizado no Parque Ney Braga. “Quando começamos fazíamos vários projetos práticos, como o plantio de árvores, como contrapartida ao impacto ambiental que o evento causaria. Várias sakuras que estão no Ney Braga são fruto dessas iniciativas. Fizemos também a adoção do canteiro em frente à nossa sede, e no material de divulgação do Londrina Matsuri incentivamos o uso do transporte coletivo para as pessoas virem até o evento, para contribuir com o meio ambiente. Hoje, todo o óleo de cozinha utilizado durante o festival é recolhido para ser reaproveitado, e temos uma coleta seletiva para os materiais recicláveis”, elencou.

Shiroma informou que a avaliação e classificação dos projetos expostos durante a Mostra Meio Ambiente é realizada por uma integrante do Grupo Sansey, com formação em Engenharia Ambiental. Já o prêmio é fornecido por empresa patrocinadora do evento. “O cuidado com o meio ambiente é uma prática constante do nosso evento, desde suas primeiras edições, para conscientização de todos que participam da realização, e também do nosso público. E como critério para o concurso, são verificados quais os resultados que o projeto gera, não só para a escola, mas também para Londrina”, destacou.

Foto: Divulgação

Primeiro lugar – A diretora do CMEI Professora Laura Virgínia de Carvalho Ribeiro, Mirna de Cássia Guilherme Gentile, contou que a unidade hoje atende mais de 200 alunos, e o projeto Sustentabilidade abrange várias atividades relacionadas ao meio ambiente, que foram expostas durante o Londrina Matsuri.

A principal delas é a horta cuidada pelos alunos, com direito a composteira e minhocário. Segundo Mirna, o projeto começou a ser desenvolvido de maneira muito simples, em 2015, e hoje já produz alimentos distribuídos para as famílias, no Dia da Colheita. “Produzimos, principalmente, verduras e ervas medicinais, com mais de 30 itens no total. No começo, notávamos uma resistência dos alunos para consumir verduras e legumes. Para estimular a alimentação saudável, iniciamos esse projeto para incluí-los no processo e incentivar que experimentassem os alimentos. O resultado é bem positivo. Ao final das colheitas preparamos o alimento ou chá, e eles consomem aprendendo as várias possibilidades que a natureza oferece”, explicou.

A produção da horta escolar é distribuída para as famílias em ecobags feitas pelos próprios estudantes. Outra iniciativa é o saco de dobradura feito com jornal reaproveitado. “Ele pode ser utilizado nas lixeiras e, como o papel se decompõe mais rápido que o plástico, substitui sacolas ou sacos biodegradáveis causando impacto ambiental muito menor”, comentou a diretora.

Foto: Educação

Para aproveitar sacolas de plástico distribuídas em lojas e mercados, os alunos produziram bonecas feitas artesanalmente e com auxílio dos professores. Restos de tecido foram arrecadados pela comunidade escolar, e costurados pelos professores conforme o design que cada aluno criou para seu boneco ou boneca. No enchimento, foram utilizadas as sacolas plásticas, e as crianças puderam decorar seus moldes com vários materiais, como tintas e canetas. “Esses bonequinhos são todos personalizados e feitas de forma individual por cada aluno, das turmas com alunos a partir de 3 anos. Continuamos a arrecadação dos retalhos de tecidos, mas agora encaminhamos este material para o Instituto União para a Vitória, que reaproveita para elaborar diversos artesanatos”, disse Mirna.

Outras iniciativas em execução no CMEI envolvem a coleta do óleo de cozinha residual, recolhido por um instituto parceiro e que reaproveita o material, incluindo a embalagem utilizada para acondicioná-lo. Segundo a diretora, as famílias dos alunos aderiram em peso à campanha.

Este foi o segundo ano que o CMEI Profª Laura Virgínia de Carvalho Ribeiro participou do Concurso Melhores Práticas, do Londrina Matsuri. “São ações que demandam muito esforço, mas a premiação é uma forma de os professores verem que estamos no caminho correto, e que isso é reconhecido por quem é de fora da nossa área. É também uma oportunidade de levar essas informações ao público externo, para muita gente que não é da nossa comunidade, além de ser um grande incentivo para prosseguirmos”, finalizou a diretora.

Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com a Assessoria de Imprensa do Londrina Matsuri, telefone 3357-4454; e com o CMEI Profª Laura Virgínia de Carvalho Ribeiro, no 3375-0232.

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