Saúde participa de roda de conversa sobre HIV/Aids

Para orientar melhor a população e prevenir casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Secretaria Municipal de Saúde participa, sábado (14), do evento “IST’s/HIV/AIDS – Acolhimento nos Terreiros”. Promovido pelo Ylê Axé Opó Omim I, Núcleo Renafro Londrina, o encontro é aberto à população em geral, e inicia às 8 horas em um café da manhã. Após o credenciamento dos participantes, haverá uma roda de conversa, com orientações sobre as ISTs e espaço aberto para dúvidas e perguntas, das 9 às 11 horas.

O evento será realizado na Rua Maria José da Silva, 17, no Conjunto Maria Cecília. Segundo a coordenadora do Renafro Londrina, Mãe Omin, o bate-papo integra a programação de uma festividade religiosa, com várias atividades no decorrer de sábado (14). “Teremos essa roda de conversa para fortalecer a nossa formação. Nos terreiros, é feito o acolhimento da população em situação de rua e pessoas com HIV, então queremos conscientizar para evitar novos casos dessa e outras doenças”, contou.

O evento tem apoio das entidades Mulheres de Axé no Brasil e Rede Mulheres Negras. E, segundo a coordenadora, a previsão é que cerca de 30 pessoas participem da roda de conversa. “Durante o dia teremos um público menor, mas à noite vamos repassar o que aprendemos para os demais, cerca de 120 pessoas. Além desse tema das ISTs e da Aids, a equipe da Unidade Básica de Saúde virá para falar sobre a dengue, então convidados toda comunidade a vir, para que essas informações cheguem ao máximo de pessoas”, destacou.

A dentista do Centro de Testagem e Acolhimento (CTA), Lázara Regina Rezende, irá falar sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis no encontro. “A gente observa que as religiões afro-brasileiras acolhem muito bem essas pessoas mais vulneráveis. Então vamos levar informações básicas em uma linguagem simples, sobre questões como sigilo, tratamento com medicamentos, como orientar essas pessoas, entre outras. Sem a informação adequada, não há como ajudar quem está passando por um momento difícil por conta do diagnóstico”, citou.

Lázara ressaltou que o contágio de HIV ainda acarreta muito preconceito para o paciente. “Não é uma doença só biológica, é também social. Em muitos casos, o paciente não tem acolhimento. A melhor atitude é a prevenção, e você só se previne quando conhece a doença, por isso vamos conversar e tirar as dúvidas sobre esse tema. Outra questão importante é que, por existir o tratamento para o HIV, as pessoas não se importam mais com a contaminação. Mas a Aids é considerada doença crônica que ainda não tem cura, cuja medicação traz efeitos colaterais. E ainda tem o preconceito, que dificulta muito a vida da pessoa, com julgamentos e críticas”, destacou.

Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com a coordenadora do Renafro Londrina, Mãe Omin, no 3321-2432; e no Centro de Testagem e Acolhimento (CTA), com a dentista Lázara Regina Rezende, pelo 3378-0147.