Saúde repassa aos servidores novos protocolos sobre a dengue
Coordenadores das unidades de Saúde participaram nesta sexta-feira (17) da capacitação, que também abordou as vacinas e outros temas
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Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde participaram, nesta sexta-feira (17), de uma reunião técnica para revisão de protocolos de assistência e procedimentos. O encontro, que ocorreu na unidade central do Senac Londrina, foi conduzido pela diretora de Vigilância em Saúde do Município, Sônia Fernandes. Participaram mais de 50 servidores, que coordenam as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os Pronto Atendimentos.
Um dos principais tópicos abordados na capacitação foi a dengue, já que Londrina, assim como vários municípios paranaenses, possui um alto número de casos suspeitos da doença. Dentre as informações repassadas estão os sinais e sintomas que o paciente com suspeita de dengue apresenta, e se há algum sinal de agravamento.
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Sônia frisou que, com a iminente possibilidade de o município entrar em situação de epidemia de dengue, houve mudança em diversos procedimentos, visando atender o grande número de pacientes que buscam atendimento na rede municipal de Saúde. “Na vigência de uma epidemia, com um número maior de pessoas com suspeita, a coleta de exames para identificação de dengue não vai ser feita para todos os indivíduos, apenas em uma amostragem. E já estamos selecionando alguns locais alternativos em que possamos fazer a assistência a determinados pacientes, para montar locais próprios para a hidratação, o que é muito necessário na suspeita de dengue”, detalhou.
Com o maior número de pacientes com suspeita de dengue nas regiões norte e leste, a Prefeitura planeja ampliar o horário de atendimento de uma UBS da região leste. “Falta acertar os últimos detalhes para estendermos o atendimento às pessoas com suspeita na unidade da Vila Casoni. Temos também uma preocupação com o Pronto Atendimento do Maria Cecília, porque na região norte temos uma grande concentração de casos, principalmente do Flores do Campo. O Pronto Atendimento já funciona das 7 às 22, então estamos vendo a possibilidade de ter um local a mais para atender única e exclusivamente as pessoas com suspeita da doença”, explicou a diretora.
O último boletim com a situação da dengue em Londrina, divulgado na terça-feira (14), indicou 533 casos suspeitos e seis positivos. Mas, de acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, a cidade já pode estar com mais de mil pessoas em suspeita de dengue. “Quanto ao número de casos positivos, ainda não temos resposta do laboratório. Mas, em relação aos casos suspeitos, posso afirmar que é crescente. Em um único dia dessa semana, tivemos notificação de 250 pessoas suspeitas da doença. Se não são mais que mil casos suspeitos, já chegamos a muito próximo disso”, explicou.
Os coordenadores presentes na reunião vão repassar todas estas orientações aos demais profissionais das unidades de saúde do Município.
Imunização – De acordo com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, o governo estadual repassou a Londrina 3.800 doses da vacina pentavalente, que estava em falta nos estoques de todo o Paraná e outros estados. A vacina, fornecida pelo Ministério da Saúde, protege contra cinco doenças, que são: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria haemophilus influenza tipo B.
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As crianças devem tomar três doses da vacina pentavalente, até completarem os primeiros seis meses de vida. “Na quinta-feira recebemos as doses da vacina e procedemos com a recepção na nossa Central de Vacinas. A partir disso, fizemos a conferência de lotes, validade e cadastramento no sistema, para que pudéssemos iniciar a distribuição para todas as UBSs, o que aconteceu nesta sexta-feira (17). Nosso cronograma é que, a partir da próxima segunda-feira (20), todas as UBSs estejam com essa vacina à disposição da população”, informou.
O secretário municipal de Saúde frisou que outras vacinas, como as de sarampo e febre amarela, possuem estoque em todas as unidades. Ele confirmou que os vírus que transmitem essas doenças estão em circulação no estado, e a vacinação ainda é a melhor forma de se prevenir. “Temos observado o caminho que o vírus da febre amarela tem percorrido, cada vez mais próximo da nossa região, então a população precisa se conscientizar. As crianças tomam uma dose aos nove meses mais o reforço aos quatro anos. Para as demais pessoas, a recomendação é um reforço dez anos após a primeira dose para que tenham a proteção efetiva. E o sarampo é muito semelhante. Tivemos casos confirmados no ano passado e fizemos ações de vacinação, com pouca repercussão na população. Uma doença que há anos estava erradicada, altamente contagiosa e que pode levar ao óbito, então nossa preocupação é permanente”, destacou.
Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, no 3372-9434.