Saúde implanta serviço de teleconsulta para casos de coronavírus
Iniciativa inovadora permite que o paciente seja atendido por um médico sem sair de sua casa, por meio da internet
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) implantou um serviço de teleconsultas voltado a atender os casos suspeitos de coronavírus, por meio de uma parceria com uma startup de Londrina que forneceu, gratuitamente, a plataforma para consultas online, à Prefeitura. A ideia é fazer um atendimento inicial aos pacientes, sem que eles precisem se deslocar até a unidade de saúde para uma consulta.
A plataforma online, chamada MedMobi, possibilita a realização de consultas, retornos e envio de recomendações médicas, por vídeos e áudios, que podem ser acessados usando a internet. Em Londrina, o serviço inovador foi implantado no dia 13 de abril e desde então já realizou 100 teleconsultas até o momento. A iniciativa foi implementada por meio de um edital de chamamento do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (CODEL), que abre espaço para que empresas de Londrina testem o seu serviço ou produto na Prefeitura, sem custos.
A porta de entrada do teleatendimento é o Disque Coronavírus, serviço disponibilizado pela Prefeitura pelo 0800-400-1234, desde março, com a finalidade de atender e orientar pessoas com sintomas gripais ou respiratórios, por meio de contato com profissionais de saúde. Segundo a médica e diretora de Atenção Primária em Saúde da SMS, Valéria Cristina Almeida de Azevedo Barbosa, a teleorientação médica veio para complementar o trabalho já realizado no Disque Coronavírus.
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Segundo ela, quando o paciente liga no 0800 o atendente utiliza alguns protocolos e, se for o caso, já o encaminha para a consulta por vídeo com um médico. “O atendente tem uma agenda dos horários dos médicos, de manhã e à tarde, por isso é possível já marcar a teleconsulta com o paciente, enviando um e-mail para que ele tenha acesso ao link e à consulta online”, explicou.
Após o atendimento médico, caso necessário, o profissional encaminha o paciente para um atendimento presencial em uma unidade de saúde ou aciona o transporte para levá-lo, nos casos mais graves. “Como é uma chamada por vídeo, o médico consegue observar algumas características físicas do paciente, como os sinais respiratórios, facilitando o atendimento”, contou. Atualmente, o Disque Coronavírus conta com cinco médicos, oito psicólogos e diversos estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), de cursos da área da saúde, os quais fazem o atendimento inicial. O serviço está disponível de segunda a sexta-feira, das 7 às 22 horas.
Para a diretora, esta e outras ações desenvolvidas em Londrina estão sendo fundamentais para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus no município. “Tudo isso tem possibilitado mantermos um bom controle da pandemia e prestar um bom atendimento aos pacientes, inclusive aos mais graves que precisam de internação hospitalar, pois não sobrecarregamos os hospitais, tendo garantia de vaga em UTI e respiradores, coisas difíceis em muitos outros municípios do Brasil”, ressaltou.
O sócio e proprietário da startup que disponibilizou a plataforma à Prefeitura de Londrina, Gilmar Machado, disse que o projeto ficará disponível ao município, gratuitamente, pelo tempo que precisar. “Nosso intuito é contribuir com a humanização da saúde, por meio da telemedicina, trazendo inovação e complementação da assistência médica em Londrina. Estamos felizes em poder contribuir com a Prefeitura e com a população de Londrina”, enfatizou. A MedMobi também conta com um sócio médico, Rogério Alexsander Sakuma, que valida o trabalho.
Para a imprensa Outras informações podem ser obtidas com a médica e diretora de Atenção Primária em Saúde da SMS, Valéria Cristina Almeida de Azevedo Barbosa, no 3372-9826.