Cidadão
Prefeito assina novo contrato de prestação de serviços na saúde
Barbosa Neto firmou acordo de 12 meses com locais que prestam atendimentos de média e alta complexidade, distribuindo os recursos adicionais oriundos do aumento no teto do SUS
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O novo contrato, definido em consenso com as unidades e os médicos, tem vigência de 12 meses e põe fim a uma sequência de acordos emergenciais, que não garantiam uma estabilidade no funcionamento dos serviços públicos de saúde londrinenses. “O grande ganho com o novo contrato é a tranquilidade que ele proporciona aos dois lados, prefeitura e médicos, por pelo menos um ano. É um bom período para tentarmos regularizar a situação financeira do município na área”, destacou o secretário de Saúde.
Edson de Souza enalteceu o diálogo e a reaproximação entre a administração municipal e os prestadores de serviço. “Os médicos e hospitais entenderam a nossa posição e demonstraram uma grande compreensão com as dificuldades enfrentadas pela administração municipal na saúde, dando-nos uma resposta positiva sobre a situação”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde de Londrina e Região (SINHESLOR), Paulo Nicolau, destacou a retomada do enfrentamento da prefeitura sobre as defasagens em relação aos recursos necessários para a saúde local. “Acredito que a firmação desse contrato é de extrema importância, já que poderemos conseguir os recursos necessários que a população de Londrina merece. Sem dúvida, é um momento histórico para o município”, comentou.
O superintendente da Santa Casa, Fahd Haddad, comentou sobre a união entre a prefeitura e os prestadores de serviço. “Sabemos das dificuldades que o município enfrenta nessa área, mas acreditamos que este novo contrato possibilitará com que Londrina volte a ser referência na saúde, já que a cidade possui um bom histórico, como a implantação da primeira cooperativa médica do Paraná.”, ressaltou o superintendente.
Barbosa Neto disse que a saúde estava com uma defasagem muito grande na viabilização de recursos para o atendimento à população, mas frisou que a administração municipal tem investido no setor. “Sabemos das dificuldades presentes na saúde, mas também é importante ressaltar que aplicamos 27% das verbas na área, buscamos recursos do governo estadual e fizemos vários convênios para as entidades da cidade, sempre visando melhorar a saúde local”, explicou.
Além do vínculo pelos próximos 12 meses, foi estipulada também a elaboração de uma comissão intersetorial, formada por membros da Autarquia Municipal de Saúde, de outros setores da administração municipal, do Conselho Municipal de Saúde e de hospitais e representantes da classe dos médicos. O objetivo é que a comissão colabore com o planejamento e o funcionamento dos serviços de saúde pública de Londrina.
Caberá ao grupo também analisar a situação financeira da prefeitura no setor, para identificar as carências e assim pleitear novos aumentos no teto do valor encaminhado todos os meses pelo Ministério da Saúde. Antes, o teto para os serviços de alta e média complexidade era de R$ 10,2 milhões, passando agora a R$ 11,4 milhões por mês.
(Londrina, 6 de maio de 2010)
Foto: Luiz Jacobs