Live fala sobre o corpo feminino e sua construção ao longo da história
Durante cerca de uma hora, interessados poderão debater sobre a construção do conceito do corpo da mulher em uma transmissão ao vivo

Nesta sexta-feira (7), às 15 horas, a população está convidada para assistir a transmissão ao vivo sobre a “Apropriação do corpo da mulher ao longo da história”, com professora e mestre em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Márcia Bastos de Almeida. A live será transmitida no Instagram da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (@sec.mulherlondrina).
Durante uma hora, a estudiosa fará um resgate histórico sobre o corpo da mulher e o conceito filosófico do mesmo. Isso porque, segundo Almeida, por muito tempo o corpo feminino foi tratado como propriedade dos homens, sendo que, por vezes, pertencia ao pai das mulheres solteiras e outras de seus maridos.
Além disso, será colocado em debate a ideia do corpo humano biológico e da construção do corpo social. Isso porque, segundo historiadores, este último varia de acordo com a interação, religião, classe, grupo familiar, gênero e por outros intervenientes sociais e culturais, cumprindo também uma função ideológica. “Vamos levar um pouco da apropriação do corpo da mulher, resgatando o conceito filosófico porque isso reflete-se no comportamento atual da sociedade. Em algum momento da história, ele foi tratado como a propriedade do homem e não dá própria mulher. Por isso, nossa fala vai no sentido de mostrarmos a autonomia dos corpos e da liberdade”, explicou a mestre em Educação.
O convite para participar do encontro adveio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, que durante o mês de agosto está desenvolvendo a campanha “Agosto Lilás”. O objetivo da ação é sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de erradicar a violência contra a mulher e, ao mesmo tempo, divulgar os serviços especializados da rede de atendimento à mulher em situação de violência e os canais de denúncia disponíveis em Londrina.

“O Centro de Oficinas da Secretaria considerou importante trazer o debate filosófico e psicológico sobre esse assunto, porque ele é um campo muito fértil para a violência doméstica. Pois, são vários fatores que levam à agressão das mulheres (como o social, o psicológico e o cultural), que está contextualizado no machismo, visto que ele é historicamente construído”, explicou a psicóloga e gerente de Ação Formativa da SMPM, Lisnéia Aparecida Rampazzo.
O Agosto Lilás marca os 14 anos da Lei Maria da Penha, que é considerada uma das legislações mais modernas do mundo em relação ao combate à violência doméstica e familiar contra a mulher e que trouxe um rigor maior nas punições e na proteção mais eficaz às mulheres que sofrem algum dos cinco tipos de violência (física, psicológica, sexual, moral ou financeira).
Para imprensa: outras informações podem ser obtidas com a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liange Fernandes, pelo 3378-0119 e com a gerente de Ação Formativa da SMPM, Lisnéia Aparecida Rampazzo, pelo 3378-0111.