Sine recadastra Pessoas com Deficiência de Londrina
O intuito do mapeamento é identificar as pessoas que podem trabalhar, e inseri-las no mercado de trabalho conforme o perfil psicoprofissional de cada um
A Agência Nacional do Trabalhador do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Londrina está recadastrando as Pessoas com Deficiência (PcD) em condições laborativas. O objetivo é identificar a real situação do município em relação a oportunidades de trabalho para a Pessoa com Deficiência, e assim orientá-las para empresas e vagas disponíveis.
Primeiramente o mapeamento está sendo realizado nas Escolas Especiais, e posteriormente o Sine irá aos Centros de Referências de Assistência Social (Cras) e às Associações de Moradores. Para o trabalho também está previsto um envolvimento de empresas de municípios da região, como Rolândia, Ibiporã, Arapongas e Cambé. O recadastramento começou quarta-feira (20), e segue até o dia 15 de novembro.
Atualmente Londrina conta com um banco de dados de cerca de mil PcD, mas, de acordo com a gerente do Sine, Neiva Sefrin, o número de pessoas com deficiência em Londrina é muito maior. “Queremos mapear estes dados e realizar mais inserções no mercado de trabalho. O grande problema para os empregadores é não encontrar qualificação profissional”, destacou.
Para que esta carência seja suprida, o Sine, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) realizará, posteriormente ao recadastramento, um trabalho de atendimento individual para a definição do perfil psicoprofissional destas pessoas. A partir disso a Gerência Regional do Trabalho e Emprego (MTE) identificará as empresas londrinenses que devem cumprir as cotas, previstas pela Lei 8.213/91.
A lei federal prevê que em um estabelecimento que tenha entre 100 e 200 empregados destine 2% das vagas a pessoas com deficiência; já os empreendimentos de 201 a 500 funcionários, a cota é de 3%. Para empresas que possuam entre 501 e 1.000, 4%; aquelas com mais de 1.000 empregados devem contratar pelo menos 5% de PcD.
Conforme a gerente, as pessoas com deficiência devem passar a tratar a inserção no mercado como um direito, usufruindo da autonomia que o trabalho acarreta. “Identificaremos as habilidades e dificuldades de cada um, dando oportunidade de fazer um direcionamento adequado ao perfil da pessoa e da empresa. Isso permitirá que o trabalhador seja valorizado, conquistando seu espaço enquanto cidadão economicamente ativo”, completou.