Barbosa Neto quer saúde atendendo em boas condições

Entre as medidas para melhorar o segmento, prefeito disse que já conseguiu o aumento do teto do Sistema Único de Saúde (SUS) junto ao Ministério da Saúde
O prefeito Barbosa Neto disse que está “reformando toda a estrutura da saúde pública, com o objetivo de deixar o setor em plenas condições para atender a população londrinense”. A frase sobre a atual situação da saúde foi dita em resposta aos questionamentos levantados pelos repórteres durante a coletiva semanal, realizada na manhã desta quinta-feira (28).
Barbosa Neto, cuja administração é pautada pela transparência e a divulgação aberta da situação econômica do município, considerou que o quadro da saúde se agravou em virtude de algumas ações herdadas da administração anterior. “Os contratos firmados com o Centro Integrado de Apoio Profissional (CIAP), que apresentou problemas no Brasil inteiro, repercutiu negativamente em Londrina, mesmo para nós que tivemos a ousadia de enfrentar os pagamentos mal feitos”, afirmou.
Entre as medidas que estão sendo implementadas pela administração para melhorar a saúde, o prefeito argumentou que já conseguiu o aumento do teto do Sistema Único de Saúde (SUS) junto ao Ministério da Saúde e está informatizando das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Porém, o prefeito reconheceu que a migração de profissionais da saúde para trabalhar no Estado é um agravante recente. “Muitos dos funcionários da saúde viram no plano de carreira oferecido pelo governo estadual uma oportunidade melhor para desenvolver seu trabalho nos hospitais das regiões norte e sul. Estamos cuidando do caixa da prefeitura para que medidas não prejudiquem tanto o nosso quanto os governos posteriores”, disse.
Dengue, médicos e Samu
O secretário de Saúde, Agajan Der Bedrossian, também presente na coletiva, esclareceu algumas perguntas abordadas pela imprensa londrinense, como a atual situação da dengue. O quarto e último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (Lira) detectou o percentual de 0,5% da infestação do mosquito nas regiões norte, sul, leste, oeste e central da cidade.
O valor é menor do caracterizado pelo Ministério da Saúde como estado de alerta, que é 1%. Para a continuidade dos trabalhos de combate à dengue, o secretário garantiu que a deficiência dos funcionários não compromete o serviço. “Temos a infestação do mosquito controlada no município, prova disso é o índice apresentado no último Lira”, explicou.
Questionado sobre o entrave da prefeitura na contratação de mais médicos, Bedrossian argumentou que muitos profissionais não se especializam em determinadas especialidades médicas, que hoje apresentam uma demanda muito grande na cidade. “A mesma dificuldade de Londrina em contar com pediatras, ginecologistas e psiquiatras no mercado de trabalho é igual em grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo”, explicou o secretário.
Agajan observou que o problema da falta de funcionários pode ser explicado pela escolha por outras áreas, que muitas vezes passam a ser mais gratificantes. “O salário mais alto fala mais alto em muitas vezes. Porém, é preciso reconhecer que há uma falta de motivação na classe”, disse.
O secretário de Saúde esclareceu ainda questionamentos sobre a prorrogação do aviso prévio dos agentes comunitários da saúde. Segundo Bedrossian, a decisão do prefeito Barbosa Neto foi tomada para que o município tenha mais tempo em avaliar essa situação, já que muitos destes profissionais transferiram-se para o Estado.
Sobre a saída de 15 profissionais do Serviço de Atendimento de Urgência Móvel (Samu), Agajan Der Bedrossian disse que o livre arbítrio é para todos os funcionários, mas relembrou que mesmo com a greve do Samu, noticiada pela imprensa, o serviço não deixou de operar na cidade. “São as dores do parto, apesar do sofrimento, temos certeza que a criança vai nascer forte e feliz, ou seja, os problemas na saúde serão devidamente solucionados”, concluiu.
Foto: Camilla Balsani




