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Prefeitura de Londrina requer medicamentos e materiais médicos para hospitais

Ação administrativa foi necessária para dar apoio aos hospitais de Londrina que já relataram falta de alguns medicamentos

A Prefeitura de Londrina realizou durante a última sexta-feira (19), uma operação em três grandes distribuidoras de materiais hospitalares e medicamentos de Londrina. O objetivo da ação administrativa foi requisitar medicamentos e materiais hospitalares necessários para o tratamento médico de pacientes com COVID-19, que se encontravam em falta nos hospitais, e outros que estavam em iminência de acabar.

Estiveram presentes nesta ação, os secretários municipais de Saúde, Felippe Machado; de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada; de Gestão Pública, Fábio Cavazotti; servidores da Vigilância Sanitária e da Guarda Municipal de Londrina.

Durante a ação foram visitadas três empresas de comércio de materiais hospitalares e cirúrgicos de Londrina. A Prefeitura de Londrina conseguiu obter os medicamentos utilizados para o processo de intubação e sedação, os quais são utilizados durante todo o período que os pacientes recebem a ventilação mecânica. Isso porque, para mantê-los sem dor e sem qualquer desconforto, é necessário ministrar relaxantes musculares, sedativos e hipnóticos. Entre os insumos adquiridos estão Midazolam; Morfina; Sufentanila; tubos endotraqueais; cateter intravenoso e luvas, sem os quais não é possível prestar os devidos atendimentos.

“Foi uma medida extrema que precisamos tomar, para dar continuidade aos atendimentos dos pacientes internados em estado grave com COVID-19. Já está sendo feito o rateio aos hospitais, para abastecê-los com os medicamentos que estão em falta”, explicou a farmacêutica e assessora técnica da Secretaria Municipal de Saúde, Daniele Zampar.

Devido ao momento crítico, que o município enfrenta, o rateio dos insumos está sendo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhará os medicamentos e produtos para os Hospitais Universitário (HU), do Coração (HC), Evangélico, Zona Sul, Zona Norte e para a Santa Casa. Este abastecimento não é destinado a nenhuma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Prefeitura.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a operação foi necessária para evitar maiores prejuízos aos atendimentos médicos. “O maior risco de faltar medicamentos é que o paciente intubado precisa estar sedado, necessita de relaxante muscular para não sentir dor e de hipnóticos para não estar consciente durante o procedimento e sem eles o objetivo não é atendido. Através dessa ação, os hospitais terão mais tempo, cerca de 10 a 15 dias, para conseguirem comprar os medicamentos e insumos sem que haja falta deles”, explicou Machado.

Segundo o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada, a requisição administrativa está garantida por lei para momento de extrema urgência, como o atual. “A ação transcorreu de maneira tranquila, visto que os representantes das distribuidoras compreendem a mudança no cenário atual e a necessidade urgente pelos produtos requeridos durante a operação. Todos os esforços que nós da Prefeitura fizemos são para garantir a distribuição dos medicamentos e insumos para os hospitais, além de realizar o pagamento devido aos fornecedores, conforme manda a lei”, ressaltou Canhada.

Já o secretário municipal de Gestão Pública, Fábio Cavazotti e Silva, explicou também que a medida foi o último recurso encontrado pelo Município, para ajudar os hospitais da cidade. Isso porque, o pedido de ajuda foi feito na terça-feira da semana passada, onde os representantes dos hospitais citados levantaram a preocupação com a falta dos medicamentos. Além dessa medida, a Prefeitura de Londrina encaminhou uma carta ao governador do Paraná e ao ministro da saúde solicitando agilidade no processo de aquisição de medicamentos necessários para a sedação e intubação. “Visitamos as três empresas simultaneamente e conseguimos um conjunto relevante de medicamentos voltados ao Kit intubação. É uma ação que visou garantir o abastecimento dos hospitais que atendem os londrinenses e a população de toda a região norte. Não queremos que os nossos pacientes fiquem sem esses medicamentos, por conta da importação. É uma medida de extrema urgência, mas que vai dar uns dias de fôlego para que os hospitais consigam comprar mais e que não haja falta enquanto isso não se concretizar”, enfatizou Cavazotti e Silva.

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Ana Paula Hedler

Gestora de Comunicação, formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especialista em Comunicação com o Mercado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.

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