Fundo Garantidor, criado pela Prefeitura na pandemia, já atendeu 215 empresas locais
A informação é do prefeito Marcelo Belinati, que tratou do assunto de ajuda aos pequenos, médios e microempresários em sua live semanal; prefeito também incentivou a doação de sangue
O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, divulgou, durante live realizada nas redes sociais no último domingo (21), informações atualizadas sobre o Fundo Garantidor – iniciativa que concede crédito a pequenas, médias e microempresas afetadas pela pandemia da Covid-19. Segundo os dados apresentados, a ação já alocou aproximadamente R$ 11,4 milhões em recursos a 215 empreendedores locais.
Implantado pela Prefeitura de Londrina, em parceria com a Câmara Municipal, Garantinorte-PR e entidades de classe como a Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL), o fundo ainda conta com cerca de R$ 38,6 milhões para investimentos. Os valores disponíveis vão de R$ 15 mil a R$ 170 mil, e podem ser pagos em até 48 vezes, com prazo de até três meses de carência e taxas a partir de 0,40%. De acordo com o prefeito Marcelo, as condições para o empréstimo são melhores do que as estabelecidas pelas instituições financeiras. “Além da crise de saúde pública que estamos vivenciando, a economia do país passa por um momento difícil. Em vista disso, essa é uma opção importante para que os empresários possam superar seus prejuízos e recuperar seus negócios”, frisou.
Para aderir à iniciativa, os interessados podem entrar em contato com a Garantinorte-PR por meio do telefone (43) 3323-5031 ou do número de WhatsApp (43) 99154-6615. Também é possível fazer a solicitação pelo website www.garantinortePR.com.br ou contatar a ACIL pelo (43) 3374-3000.
Combate à Covid-19 – Na transmissão, o prefeito e o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, também falaram sobre as ações desenvolvidas pelo Município no combate à pandemia da Covid-19.
Dentre elas, esteve a requisição administrativa, por parte da Prefeitura, de medicamentos necessários para a intubação de pacientes acometidos pela forma grave da doença. Na última sexta-feira (19), agentes da administração municipal fizeram uma busca e requisição desses produtos nas instalações de três grandes distribuidoras de remédios, em Londrina. Trata-se de uma ação emergencial, sendo que o Município indenizará as empresas pelos itens adquiridos. Os medicamentos já se encontram nos estoques da Secretaria Municipal de Saúde e serão distribuídos a partir desta segunda-feira (22).
O secretário de Saúde frisou o caráter urgente dessa iniciativa, que vai garantir que os procedimentos de intubação possam continuar a ser realizados na cidade. “Esses medicamentos, que são imprescindíveis para o tratamento da Covid-19, tiveram uma alta de demanda de 8000% e estão em falta no Brasil inteiro. Por isso, precisamos tomar essas providências para que eles permaneçam em Londrina nesse momento crucial, em que todo o mercado está brigando por eles”, afirmou Machado.
Enfatizando o momento delicado que o país vive, o prefeito referiu-se às manifestações de caráter político ocorridas no último fim de semana. Após explicar que os protestos, assim como outros tipos de aglomerações, intensificam a propagação do vírus, Marcelo sugeriu que as mobilizações cívicas sejam feitas por meio de doações coletivas de sangue. “Todas as manifestações são legítimas, pois vivemos em uma democracia. Porém, esse não é o momento para atos que envolvam aglomerações. Essas atividades intensificam a transmissão do coronavírus e fazem com que mais pessoas precisem ser internadas, sobrecarregando o sistema de saúde. Minha sugestão é que as pessoas façam seus protestos por meio de doações coletivas de sangue, pois o Hemocentro Regional de Londrina está com seus estoques baixos”, pontuou.
Quem quiser ajudar o Hemocentro pode agendar um horário para fazer sua doação por meio dos telefones (43) 3371-2218 ou 3371-2356. A unidade fica na Rua Cláudio Donizete Cavalieri, 156 (Jardim Aruba).
Reforçando as orientações do prefeito, o secretário de saúde fez um apelo para que a população londrinense respeite as medidas de saúde e segurança, como usar máscaras de proteção, manter o distanciamento social e higienizar as mãos com frequência, fazendo uso de álcool em gel. “Cada um de nós precisa fazer a sua parte, pois isso vai contribuir para que a infraestrutura de saúde consiga atender à grande demanda a que está submetida. Estamos vivenciando a maior crise sanitária da nossa geração, e os profissionais da saúde já estão há um ano se dedicando a enfrentar a pandemia, com jornadas exaustivas. Por isso, precisamos que todos se conscientizem, inclusive a pequena minoria que não têm respeitado as regras”, concluiu Machado.
Números – De acordo com os últimos dados, 1105 pessoas com Covid-19 estão à espera de um leito no estado do Paraná. Dentre esses pacientes, 106 encontram-se na macrorregião norte, área onde se situa Londrina; 157 na macro noroeste (Maringá); 230 na macro oeste (Cascavel); e 612 na macro leste (Curitiba).
No que se refere à ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adultas para Covid-19, os índices são de 97% para a macro leste; 92% para a macro noroeste; 97% para a macro oeste; 97% para a macro norte; e 96% para o Paraná como um todo.
A taxa de ocupação de leitos de enfermaria adultos para Covid-19 é de 88% na macro leste; 68% na macro oeste; 78% na macro noroeste; e 90% na macro norte. O índice total, no estado, é de 84%.
Em Londrina, 60% dos leitos de enfermaria gerais (SUS e privados) estão ocupados. Para os leitos de UTI gerais adultos, a ocupação é de 85%, enquanto que o índice das UTIs gerais pediátricas está em 69%. Em relação aos leitos de enfermaria adultos do SUS, a ocupação é de 99%. Os dados relativos às UTIs adultas mantidas pelo SUS apontam que 98% de seus leitos estão ocupados. Já a taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátricos do SUS encontra-se em 21%.
A média móvel de casos do município permanece estável, sendo de 260,4 novos casos por dia na última semana contra 249 nos 14 dias anteriores. Com 5.424 diagnósticos de Covid-19 registrados até o momento, março é o quarto mês com o maior número de casos, ficando atrás de janeiro (8.688), fevereiro (7.112) e dezembro do ano passado (6.734).
A faixa etária com maior número de casos registrados é a de 20 a 39 anos, com 18.389 ocorrências (42,67% do total). Esse segmento apresenta 26 óbitos (3,02% do total). O grupo com maior mortalidade é o das pessoas com 60 anos ou mais, que registrou 710 óbitos (82,46%) e 6.491 casos (15,06%). O segmento de 40 a 59 anos contabilizou 14.445 casos (33,52%) e 125 óbitos (14,52%). Já a faixa de 0 a 9 anos não possui registro de óbitos, sendo que 950 casos (2,20% do total) foram diagnosticados para esse grupo. Também sem contabilizar nenhum óbito, o segmento de 10 a 19 anos registrou 2.822 casos (6,55%).
O último boletim da Covid-19 divulgado informou que 290 novos casos da doença foram registrados em Londrina. Desde o início da pandemia, já ocorreram 43.097 diagnósticos. Entre sábado (20) e domingo (21), 307 pacientes evoluíram para a cura, totalizando 41.678 nos últimos 12 meses. Seis pacientes faleceram no mesmo período, elevando o acumulado de óbitos para 861.
