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Empresa paulista vai gerar três mil empregos em Londrina

ADRAM Indústria e Comércio desenvolve trabalho de industrialização do milho; parceria entre empresa e Unifil vai viabilizar a construção de um parque tecnológico

ADRAM Indústria e Comércio desenvolve trabalho de industrialização do milho; parceria entre empresa e Unifil vai viabilizar a construção de um parque tecnológico

O prefeito Barbosa Neto anunciou hoje (16), em coletiva realizada em seu gabinete, a instalação de uma nova empresa de tecnologia agrícola em Londrina. A ADRAM Indústria e Comércio, com sede em São Paulo (SP), que trabalha com derivados do milho, produzindo xarope de glicose para a indústria de doces, balas e confeitos, além do setor cervejeiro e farmacêutico. O projeto terá três fases e a expectativa é que a empresa gere 300 empregos na primeira, mil na segunda e três mil empregos na sua terceira e última fase. O início das atividades da ADRAM está previsto para o ano que vem.

A ADRAM será instalada no Parque Industrial José Richa, localizado no final da avenida Saul Elkind, na região norte da cidade. A empresa já possui duas unidades no Paraná, que funcionam em Mauá da Serra e Faxinal. A negociação com a prefeitura de Londrina foi concluída na última semana, sendo que a administração municipal vai doar o terreno e, em contrapartida, a instituição será responsável pela geração dos empregos.

Barbosa Neto lembrou a importância dos empregos que a empresa vai gerar no município. “Na terceira e última fase, serão gerados três mil empregos e não é qualquer emprego.São empregos nas áreas de engenharias e tecnologia”, enfatizou. Para que a empresa se instale na cidade, o projeto ainda precisa passar pela comissão de desenvolvimento da Codel e pela Câmara Municipal, depois, imediatamente, a empresa fará os projetos de sondagem do terreno e o início das obras, em parceria com a Unifil, para que, dessa forma, o parque tecnológico de Londrina se viabilize.

De acordo com o prefeito, a tecnologia da ADRAM será um atrativo, para que outras empresas venham para Londrina. “A cidade terá não só a glicose, mas o açúcar e isso vai desenvolver uma série de outras empresas na nossa região, que vêm na cadeia produtiva desse grande parque tecnológico, que iremos fazer, em um primeiro momento, em uma área de 30 alqueires, na Zona Norte da cidade, onde hoje é o mirante do Eldorado”, disse. A vinda da ADRAM para Londrina é o primeiro passo, para que o parque tecnológico se torne realidade. “Nós vamos dar um passo fundamental, para que tenhamos em Londrina essa grande empresa que é a ADRAM e o nosso parque tecnológico, que não tem impacto ambiental e que vai gerar um grande volume de recursos, através de impostos”, disse Barbosa Neto.

O diretor de desenvolvimento da Codel, Marcelo Mafra, declarou a sua satisfação em anunciar esse grande projeto que está nascendo na cidade de Londrina. “Faz parte de um empreendimento industrial, que tem como chave a ADRAM, empresa de projeção nacional e que traz consigo um arranjo muito importante, que é a tecnologia de processamento do milho, produzido a partir de seus derivados. Junto dessa indústria, outras  poderão se anexar no futuro, criando um Parque industrial”, explicou.

De acordo com o diretor de desenvolvimento da Codel, a tecnologia desenvolvida a partir dessa empresa possibilita a criação de um parque tecnológico. “Junto do parque industrial, teremos um parque tecnológico. Mafra ainda explicou que o empreendimento terá algumas fases. Na primeira, o investimento  está próximo dos R$ 15 milhões, com a geração de 300 empregos diretos.

ADRAM Indústria e Comércio desenvolve trabalho de industrialização do milho; parceria entre empresa e Unifil vai viabilizar a construção de um parque tecnológicoO empresário diretor-presidente da ADRAM, Armando Santos de Almeida, destacou que Londrina foi escolhida pelas vantagens que apresenta. “Uma cidade que possui quatro universidades completas não é qualquer cidade. Londrina é ainda muito bem posicionada no setor, colhendo duas safras por ano: o milho da safrona e da safrinha”, explicou. A empresa vai trabalhar a partir de vários derivados do milho. “Será um investimento em três fases, a primeira será a glicose e os produtos relacionados a ela, mas temos pretensão de ir até a quinta modificação molecular do milho”, enfatizou o empresário.

O reitor da Unifil, Eleazar Ferreira, explicou que a universidade terá uma participação importante no desenvolvimento dos produtos. “A Unifil não é a instituição principal, mas um elemento fundamental. Sem a pesquisa, o produto de alto valor agregado tecnológico não se desenvolve, por isso uma universidade se faz necessária nessa planta industrial com alta tecnologia e nós aceitamos esse desafio”. O reitor explica que será dado enfoque para cursos na área das engenharias, química e informática. “Vamos focar em componentes de alta tecnologia para viabilizar, por meio de pesquisa, o desenvolvimento de produtos na área industrial”, disse.

O reitor explicou ainda como irá funcionar o parque tecnológico. “Teremos laboratórios não fechados, mas do parque tecnológico, ou seja, qualquer uma das empresas instaladas nesse local, que requisitar esse serviço, professores e assessoria, serão contratados para fornecer os dados tecnológicos e o produto vai caminhar para um aperfeiçoamento maior”. Ferreira ainda lembrou que a Unifil tem história em Londrina, investindo sempre no município. “Estamos felizes por continuar a fazer parte da cidade. A médio e longo prazos, pretendemos investir R$ 20 milhões nesse parque tecnológico, para viabilizar a parte de pesquisa e desenvolvimento dos produtos”, destacou o reitor.

A ADRAM Indústria e Comércio emprega, atualmente, 790 funcionários em suas filias, além da sede. Desde a década de 70, quando iniciou suas atividades, a empresa tornou-se um referencial na industrialização e processamento do milho para o mercado da América do Sul.

Fotos: Luiz Jacobs

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