Cidadão

LIRA de agosto tem índice de infestação de 0,3%

A coordenadoria de Endemias vai mudar algumas ações de prevenção em decorrência aos dados atuais; houve a mudança do criadouro para dentro da residência

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou hoje (8) os dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypti (LIRA). Essa foi a segunda edição do LIRA neste ano, realizado na semana passada, entre os dias 1º e 5 de agosto.

O índice de infestação é de 0,3%, sendo que o da última edição, realizada em abril, era de 0,9%. Foram encontrados focos principalmente em depósitos móveis (vasos, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animal) e lixo (recipientes plásticos, garrafas). Já as regiões das Unidades Básicas de Saúde (UBS) mais atingidas foram as do Centro Social Urbano (CSU), na região central, União da Vitória, Novo Amparo e Aquiles Stenghel.

Dividido por região o LIRA apresentou o índice de 0,53% na central, 0,34% na norte, 0,28% na sul, 0,23% na leste e 0,11% na oeste. Estavam programadas para serem visitadas 7.770 casas e a equipe da Secretaria esteve em 8.441 residências. Tanto na supervisão direta, quanto na indireta os números superaram o esperado de vistorias programadas.

Conforme o coordenador de Endemias da Secretaria de Saúde, Elson Belisário, a cidade continuará em estado de alerta. “O que nós vemos com esses índices é a que a ação traz resultado. A região leste, que esteve em primeiro lugar durante o ano todo, hoje é a quarta região.” No entanto, o coordenador afirmou que existem algumas regiões bastante complicadas.

Como houve a mudança do criadouro para dentro da residência e não mais nos quintais, serão adotadas novas medidas para a orientação da população. Nesta quarta-feira (10), a Coordenadoria de Endemias se reunirá com toda a rede, incluindo os agentes comunitários de saúde (ACS) e da atenção básica para preparar melhor os agentes. Além da reunião, haverá uma capacitação prática com todos os agentes para trabalhar dentro dessa nova realidade.

“Antes os criadouros estavam em latas, garrafas, matérias recicláveis jogados em fundos de quintais ou mesmo em terrenos baldios. Dessa vez, o que nós verificamos é que os criadouros estão em depósitos dentro de casas como vasos de plantas. Nós precisamos preparar melhor esse pessoal porque são eles que levam as informações à população”, ressaltou Belisário.

Durante a reunião, foi feita uma demonstração com um vaso utilizando a técnica orientada pelo Ministério da Saúde. “Às vezes, a forma como eles estão levando essa orientação para os moradores não é a forma errada, mas falta ser aperfeiçoada para que não tenha foco de larva”, explicou o coordenador.

Outra ação será a delimitação de todos os 26 locais encontrados com infestação. “Logo após a reunião, nós vamos discutir com os orientadores e supervisores para fazer a delimitação desses locais”, declarou Belisário. Quando houver algum caso confirmado, a partir de agora, o bloqueio não será feito apenas na residência do infectado, mas também no local onde trabalha ou estuda.

As ações serão executadas até outubro quando será feito um novo LIRA. “Esse é um período tranquilo em que nós podemos fazer a prevenção. Nós estamos tendo o mínimo de casos positivos e suspeitos então dá para trabalhar em cima disso”, disse o coordenador.

“Faz 25 anos que nós fazemos essa orientação no município de Londrina. O que está faltando é sensibilizar os moradores sobre o risco da dengue. O agente comunitário tem passado, no mínimo, quatro vezes no ano no mesmo domicílio e temos feito trabalho nas escolas, em todos os locais. Precisamos fazer com que os moradores vejam a importância e assumam a responsabilidade junto com o serviço de saúde”, concluiu Belisário.

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