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Secretaria de Cultura fornecerá apoio a 17 indígenas selecionados em edital estadual

Em parceria com o Conselho Municipal de Transparência e Controle Social, Secretaria oferecerá infraestrutura e auxílio para a realização de atividades do programa Bolsa Qualificação

Em parceria com o Conselho Municipal de Transparência e Controle Social de Londrina (CMTCSL), a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) proporcionará apoio a 17 indígenas que foram aprovados no edital de seleção do programa Bolsa Qualificação, do Governo do Estado do Paraná. Para poder efetuar suas inscrições, os proponentes contaram com a assistência do CMTCSL, que forneceu suporte tecnológico e os auxiliou a cumprir todos os requisitos estabelecidos no Edital no 11/2021.

O proponente Renato Kriri Ka Mrem, da aldeia kaingang Água Branca. Foto: Acervo pessoal

Ao todo, 16 proponentes da etnia kaingang e um guarani, residentes no município, foram selecionados para participar da iniciativa. Promovido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o Bolsa Qualificação é composto por diversas atividades teóricas de capacitação, no modelo ensino à distância (EaD), divididas em três módulos de 40h de duração cada. O objetivo do programa é qualificar os participantes para que atuem como produtores culturais, sendo que bolsas no valor de R$ 3 mil são concedidas a eles, de maneira parcelada, conforme cada módulo é concluído.

Durante a realização das atividades, que se iniciam na terça-feira (1º) e vão até 28 de março, os indígenas receberão apoio do CMTCSL e do coordenador de Centro Cultural da Secretaria de Cultura, Alexandre Oguido. Além deles, a assistência será prestada pelos voluntários Carin Louro e João Guilherme Aldegueri Marques. As ações serão promovidas na Biblioteca Pública Municipal de Londrina (Av. Rio de Janeiro, no 413).

O edital atual do Bolsa Qualificação, que selecionou 3.738 proponentes de todo o Paraná, é composto por recursos remanescentes da primeira edição do programa, realizada em 2021, que contemplou 12 mil pessoas. No ano passado, cinco kaingangs e um guarani residentes em Londrina tiveram suas inscrições aprovadas e participaram da iniciativa. Esses proponentes também receberam apoio do CMTCSL para a efetivação de suas inscrições e, durante o período do curso, puderam utilizar as instalações da Biblioteca Pública Municipal de Londrina para a realização das atividades.

O secretário municipal de Cultura, Bernardo Pellegrini, explicou que os 17 participantes serão divididos em duas turmas, para otimizar o uso dos equipamentos disponíveis. “Temos seis computadores e, além disso, cinco tablets foram doados pela Móveis Brasília, por iniciativa da vereadora Lu Oliveira. Estamos trabalhando para conseguir ainda mais equipamentos e preparar uma estrutura adequada para atender aos proponentes”, afirmou.

O presidente do Conselho Municipal de Transparência, Auber Pereira, destacou que essas ações permitem às tribos indígenas preservar suas tradições e compartilhar importantes conhecimentos sobre a sociedade humanizada, o respeito à biodiversidade e o foco na coletividade. “É essencial que o Estado atue como um catalisador dessa diversificação cultural, pois isso beneficia tanto a sociedade em geral quanto os próprios indígenas. As tribos passam pelo resgate de sua dignidade humana e recebem a oportunidade de compartilhar sua cultura sob sua própria perspectiva”, frisou.

A assessora administrativa do CMTCSL, Francesca Amaral, destacou que todos os 17 indígenas que tinham feito inscrições para o segundo edital  do Bolsa Qualificação foram selecionados. Amaral salientou que o Conselho também proporcionou apoio para que proponentes indígenas pudessem se inscrever em duas outras iniciativas: o Programa Bolsa Cultural Paraná Criativo, da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual de Londrina (FAUEL); e o Prêmio Mulheres Rurais – Espanha Reconhece, promovido pela Embaixada da Espanha no Brasil, em conjunto com outras instituições.

“As comunidades kaingang e guarani estão muito animadas com essas iniciativas. Os participantes são em sua maioria jovens, e quem escolhe os representantes são as próprias aldeias, que procuram dar prioridade às pessoas que ainda não participaram de programas culturais. É muito positivo poder incentivar as tradições indígenas como o artesanato, dança, medicina tradicional e espiritualidade”, disse.

O cacique da aldeia kaingang Água Branca, Moisés Lourenço, se disse muito contente com os resultados obtidos pela comunidade nos editais culturais. “O apoio do Governo e da Prefeitura é bastante importante para nós, pois temos interesse em preservar nossa cultura e transmiti-la para as próximas gerações, e ações como essa contribuem para a manutenção e reforço das tradições”, apontou.

Indígenas selecionados – Amateus Sygjy Zacarias, Berenice Murá Pereira, Danilo Lourenço, Elber Kutanh Pereira, Franciele Jarusa Zacarias, Genoeva Jate Caetano, Getulio Resanh Deolindo, Josilaine Pereira da Silva, Juscelino Vicente, Magda Kafej Rael Fidencio Mendes, Renato Kriri Ka Mrem, Ricrer Kagjeg de Oliveira, Silas Kognãn Servino, Tamilvãn Ra Pirai, Tatiane Deolindo, Valdinei Fag Ryg Deolindo e Diego de Lima dos Anjos.

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