Coordenadores da Rede Socioassistencial participam do encontro “Diálogos do SUAS”

Nesta segunda-feira (5), a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) promoveu mais uma edição do “Diálogo no SUAS”. O evento foi realizado das 8h30 às 11h, no Auditório da Prefeitura de Londrina, e contou com a participação de 50 coordenadores que atuam na Rede de Serviços Socioassistenciais do Município. Nesta edição, o projeto trouxe o geólogo Caio Cezar Cunha para discutir o tema “Territórios e Subjetividades”.

Esta foi a segunda edição do projeto “Diálogo no SUAS”. O primeiro encontro, realizado em maio, abordou o resultado de duas pesquisas – “O impacto da Covid-19 no cotidiano das mulheres em situação de extrema pobreza” e “Relações sociais de sexo no cotidiano profissional das trabalhadoras técnicas do SUAS”.

De acordo com o geólogo, a promoção de eventos como este é essencial para estreitar o vínculo entre os profissionais e a universidade. “Nosso debate foi muito enriquecedor, ainda mais por causa da participação dos trabalhadores que falaram sobre as suas experiências. Acredito que esse tipo de evento seja muito pertinente, pois os desdobramentos gerados atingem não apenas os profissionais e pesquisadores, mas a sociedade como um todo. Ou seja, todos ganham e se atualizam, sejam os pesquisadores sobre a realidade dos contextos em que a SMAS atua, seja os trabalhadores sobre as inovações, ideias e discussões que ocorrem no meio acadêmico”, disse.

A responsável pelo Núcleo de Educação Permanente da SMAS, Edsonia Marcelino, destacou que o debate provocado pela apresentação do geógrafo despertou diversas questões entre os que estavam presentes. “Ele nos trouxe uma reflexão a respeito dos dados que produzimos, tratando a respeito da importância de considerar os indivíduos e os seus conhecimentos na hora de pensar em políticas públicas, afinal, ninguém conhece melhor uma região do que aqueles que moram ali e vivenciam aquela realidade em seu cotidiano. Através da apresentação, nós compreendemos o quanto é importante ter a consciência de que é impossível ler os dados produzidos, por exemplo, pelo IBGE, de forma isolada. Tudo precisa ser integrado e contextualizado com as outras informações que estão disponíveis”, contou.

Para a assistente da Gerência de Gestão de Informação e assistente social da SMAS, Tatiana de Oliveira Stechi, o evento foi uma grande oportunidade de refletir a respeito de um tema que é muito presente em seu cotidiano. “Através da abordagem proposta ao longo da palestra, eu pude me deparar com novos conceitos e novas teorias e, para mim, esta é uma ótima forma de nos qualificar e melhorar a nossa ação profissional, nos tornando ainda mais capazes de compreender e captar as subjetividades dos territórios que atendemos, trazendo os olhares das famílias para as nossas políticas”, ressaltou.

Segundo a coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social da Vila Esperança (CRAS Rural), Caroline Tomaz Sakakura, a melhora na qualidade das políticas públicas oferecidas pela SMAS é uma das contribuições que eventos como este podem trazer para a sociedade. “Na minha avaliação, a palestra de hoje nos deu novos olhares e novas formas de pensar os territórios nos quais atuamos, levando em consideração os sujeitos daqueles espaços, que são quem realmente sentem as fragilidades e as potencialidades dos lugares que vivem, é trazer essa noção de pertencimento. Esta é, sem dúvida, a maior contribuição deste projeto”, finalizou.

Texto: Ana Almeida, sob a supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina