Biblioteca da Zona Sul apresenta livro “O Reizinho Mandão” em contação de história
A leitura começa às 14h, abordando obra de Ruth Rocha que trata de assuntos relevantes para a história brasileira das últimas décadas
Na próxima terça-feira (29), às 14h, a Biblioteca Eugênia Monfranati (Zona Sul) receberá um encontro de contação de história do livro infantil “O Reizinho Mandão”, de Ruth Rocha. A atividade é aberta a toda comunidade, com duração de uma hora, tendo como público-alvo crianças de 6 a 10 anos. Na ocasião, participarão alunos do Instituto de Educação Infantil e Juvenil (IEIJ). A biblioteca fica localizada na avenida Guilherme de Almeida, 2.260.
O livro abordado narra a história de um reizinho mandão que mandava todo mundo calar a boca. De medo, as pessoas calavam, e calaram tanto que esqueceram como falar. O reizinho ficou culpado e triste e foi atrás de um sábio que vivia no reino vizinho para ver se ele tinha algum conselho, alguma ideia sobre o que fazer para que as coisas voltassem ao normal. O sábio disse que ele teria que bater de porta em porta até encontrar uma criança que ainda lembrasse como se fala. E lá foi o reizinho mandão, de casa em casa, sem saber se aquilo ia dar certo.
Em “O Reizinho Mandão”, Ruth Rocha aborda temas relevantes à história brasileira das últimas décadas, como democracia, poder e liberdade. “Gosto da Ruth Rocha, que nos permite trabalhar os temas de seus livros, e fazer com que as crianças se percebam nas histórias. Temos muitos reizinhos mandões nas escolas e na convivência de nossas crianças”, explicou a professora Angelita Ferreira de Jesus, responsável por narrar e mediar a história.
Angelita faz parte da rede municipal de educação e conta que sempre gostou de contar histórias e fazer ‘caras e bocas’. “Iniciei na escola municipal Zumbi dos Palmares, onde era mediadora de leitura, participei dos encontros e formação no Palavras Andantes com a Márcia, Rovilson e depois Aline Perrota”, contou a professora.
A professora também disse que a ideia de fazer a atividade surgiu em pensamento comum com a Secretaria Municipal da Cultura (SMC), quando estava na função de professora mediadora e facilitadora de conflitos da rede municipal de educação.
“Tínhamos encontro de rede, que envolvia as políticas públicas da cidade de Londrina, assim víamos a necessidade das crianças terem este contato com a cultura, e tomar gosto pela leitura. Em meio a um momento de aulas on-line e tudo tecnológico a leitura se tornou novidade. Diante do quadro, foi notório a dificuldade que estes (alunos) enfrentam na alfabetização e escrita, por quase não terem contato com livros e enriquecerem seu vocabulário”, concluiu a professora.
Texto: Rebeca Vernillo, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina