Ação bem-sucedida entre alunos e profissionais da universidade abordou medidas de prevenção e tratamento de diversas DSTs
Na tarde de ontem (3), a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), de atenção especializada em Aids, realizou 748 testes rápidos durante o “3° Fique Sabendo UEL”. A ação foi realizada no Serviço de Bem-Estar à Comunidade (SEBEC), que fica dentro da própria universidade.
De acordo com a gerente do Programa Municipal de DST/HIV/Aids, Rosângela Freire Lemos, 187 pessoas participaram da ação. Em cada uma delas foram realizados quatro testes rápidos que indicam reagente para Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Além dos testes rápidos, os profissionais da saúde alertaram os estudantes e profissionais da universidade sobre a importância de medidas preventivas como o uso de preservativos.
O público-alvo foram os jovens universitários, na faixa de 20 a 29 anos, e os profissionais que trabalham na universidade. “Decidimos ir até a universidade porque muitos jovens estudam em período integral e outros estudam e trabalham e, por isso, não têm tempo para ir até o Centro de Referência ou até a Unidade Básica de Saúde para fazer o teste. Além disso, o público jovem é um público vulnerável, por isso que levamos o teste rápido até eles. A ação foi muito bem-sucedida”, explicou Rosângela.
Nos testes realizados na universidade não houve nenhum caso positivo para HIV e apenas um reagente para Sífilis. Os testes levam 20 minutos para ficarem prontos e são feitos por uma equipe de 15 profissionais. São médicos, enfermeiros, psicólogos, agentes administrativos, todos treinados para manter total sigilo das informações sobre o diagnóstico dessas doenças.
Dados sobre HIV em Londrina
A atividade faz parte das ações de 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Segundo informações do Centro de Referência, desde o início do ano foram identificados 64 novos casos de HIV e 110 casos de sífilis, a maioria nesta faixa etária.
Existem diferenças entre os termos HIV e Aids, o primeiro refere-se ao vírus e o segundo à doença propriamente dita. Entre a infecção pelo vírus HIV e a manifestação da doença no organismo há um período de oito anos. A ação do vírus é de destruição das defesas do corpo humano, deixando o organismo suscetível a todo tipo de doença.
A transmissão acontece, principalmente, por meio de relações sexuais e quando há o contato com os fluidos do organismo de um indivíduo contaminado. A prevenção é feita por meio do uso de preservativos nas relações, bem como o não compartilhamento de seringas e de objetos perfurocortantes como, por exemplo, piercings e agulhas de tatuagem com sangue ou fluidos.
Quanto mais rápido o diagnóstico for realizado, menos impactos são causados na vida do paciente. De acordo com Rosângela, as pessoas precisam realizar os testes periodicamente, pois se descoberto o contágio e acontecer o início imediato do tratamento, a pessoa evitará a contaminação de outras, além de impedir a manifestação da doença que enfraquece o sistema imunológico.
De acordo com Rosângela, quando a doença se manifesta, os sintomas são mais de 30 dias de diarréia e febre alta, emagrecimento, doenças pulmonares, além de outras doenças oportunistas, que se aproveitam das fragilidades do organismo, muitas delas levando ao óbito.
Onde fazer o teste rápido
Os testes rápidos podem ser feitos no Centro de Referência Dr. Bruno Piancastelli Filho, que fica na Alameda Manoel Ribas, n° 01, de segunda a quinta-feira, às 8h30 ou às 11h30. É preciso chegar com 30 minutos de antecedência e estar munido de um documento de identificação pessoal com foto, um RG, por exemplo.
Além do Centro de Referência, os testes rápidos são realizados nas Unidades Básicas de Saúde. Para saber os dias e o horário de coleta é necessário telefonar nas unidades de saúde. Os testes são gratuitos.
Foto: Arquivo
