Linha guia de saúde mental ganha capítulo sobre crianças e adolescentes

Na manhã de hoje (24), a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), tornou público mais um capítulo que vai integrar a Linha Guia de Saúde Mental do Município. Esse novo capítulo aborda a saúde mental de crianças e adolescentes, e será utilizado como ferramenta de profissionais da saúde básica, professores e profissionais da assistência social. O evento de divulgação foi realizado no auditório da Universidade Anhanguera/Unopar, localizado na Avenida Paris, 675, e contou com uma apresentação realizada pela médica de Família e Comunidade, Kauana de Angelis. Também incluiu uma mesa-redonda protagonizada pela doutora em enfermagem e docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Regina Célia, e pelo mestre em psicologia e docente do curso de Psicologia da PUCPR-Londrina, Francis Willian Bueno Lourenço.

A Linha Guia de Saúde Mental é um protocolo que já existia para pessoas adultas, e agora vai contar com um capítulo dedicado especificamente à criança e ao adolescente. O material foi desenvolvido pelos alunos do programa de Residência em Saúde, Família e Comunidade, do próprio Município de Londrina, e foi revisado pelos médicos psiquiatras especialistas. Os residentes já são médicos de saúde da família, que trabalham na atenção básica em saúde e convivem com o dia a dia do atendimento.

A secretária municipal de Saúde em exercício, Rosilene Machado, explica a importância de se desenvolver ferramentas de protocolo específicas para a atenção básica. “Nós temos uma Linha Guia de Saúde da criança, que já é usada pelos profissionais de saúde, e agora vamos ter uma Linha Guia de Saúde Mental para trabalhar com as crianças até o fim da infância, e com os adolescentes. Ela existe para que os profissionais possam percebem se existe alguma alteração de ansiedade, sono, ou qualquer comportamento que possa já ser trabalhado previamente, antes que se torne um transtorno.”

Além dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a Linha Guia de Saúde Mental também será utilizada por professores de escolas municipais e estaduais, e pelos profissionais de assistência social que realizam o trabalho de acolhimento de crianças e adolescentes. Machado destaca os benefícios de levar esse protocolo para além do serviço de saúde básica. “É um material que vem para capacitar a equipe, e como muitas vezes o adolescente e a criança não estão com a gente nas unidades de saúde, nós estamos fazendo uma parceria com as escolas municipais e estaduais, para poder fazer esse acompanhamento integral. E a assistência social também vai utilizar a Linha Guia no acolhimento das crianças e adolescentes. A gente chama de Linha Guia porque esse documento não trabalha com a doença, ele trabalha com os sintomas. São sintomas de ansiedade e insônia, por exemplo, para a gente saber melhor como lidar com as questões desses pacientes”, completou.

A diretora de Saúde Complementar da SMS, Cláudia Denise Garcia, aponta a necessidade de se pensar em ferramentas e protocolos que possam otimizar o serviço e dar suporte ao profissional que atua na ponta dos serviços de saúde e acolhimento. “Essa iniciativa veio de uma necessidade de organizar um material teórico de fácil acesso para o profissional que está na ponta, que não é especialista, e que precisa de ferramentas para poder fazer o atendimento. A Linha Guia de Saúde Mental traz uma instrumentalização para que o profissional possa dar condução de acordo com os sintomas. E nós entendemos que a criança e o adolescente precisam de um olhar diferenciado, e por isso desenvolvemos um capítulo dedicado exclusivamente a eles”, disse.