Servidor do Ippul participa de capacitação internacional
Iniciativa permitiu ao servidor conferir, de perto, as melhores práticas de gestão pública adotadas por algumas das cidades consideradas mais inteligentes no mundo

Em busca de bons exemplos que possam ser usados a favor do município, a Prefeitura de Londrina aderiu, ano passado, ao programa Cidades Inteligentes, uma iniciativa do Sebrae do Paraná e do Mato Grosso do Sul, em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). O programa tem o objetivo de atualizar as cidades a respeito dos conceitos e tecnologias que melhoram a vida de seus habitantes.
Dentro desta ação, o arquiteto Robson Shimizu, servidor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL) há nove anos, teve a oportunidade de conferir as melhores práticas de planejamento e gestão em três países da Europa. Além Shimizu, que representou Londrina, outras 11 cidades do Paraná e Mato Grosso participaram da ação, assim como docentes da Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os custos da viagem foram pagos pelo Sebrae.

A viagem aconteceu no início de dezembro de 2024 e durou 10 dias. Ao todo, foram seis cidades visitadas em três países diferentes: Noruega, Dinamarca e Suécia. “O principal mantra ouvido nos três países escandinavos foi ‘faça para as pessoas’. E nesse objetivo, altos investimentos em tecnologias que não levam em conta as reais necessidades das pessoas não fazem sentido. Muitas das soluções apresentadas, que levam em conta problemas reais e bem particulares desses locais, são ações de educação digital e interfaces amigáveis. Por trás disso, existe uma política de gestão de dados que monitora, em tempo real, os indicadores urbanos e que validam as ações de investimentos”, afirmou Shimizu.
Segundo ele, o contato com esses países trouxe inúmeros exemplos de boas práticas em gestão pública e quebra de paradigmas. “Uma coisa muito interessante nestes países é que parte da matriz energética vem da transformação dos resíduos em energia”, enfatizou. Atualmente, Shimizu elabora um relatório que será apresentado ao Comitê Cidade Inteligente de Londrina.
Copenhague, capital da Dinamarca e um dos pontos do roteiro, é considerada a segunda melhor cidade para se viver no mundo, segundo levantamento da revista britânica The Economist, realizado em 2024. Entre os motivos que colocam Copenhague nessa posição, está acesso da população a serviços públicos que oferecem serviços fundamentais para uma boa qualidade de vida, como saúde, segurança, educação e transporte. Além de Copenhague, o programa do Sebrae também passou por Oslo, na Noruega e nas cidades de Estocolmo, Malmö, Kista e Uppsala, na Suécia. Os três países visitados encabeçam a lista de países que possuem as populações mais felizes do mundo.
Cidades inteligentes – O conceito que surgiu na União Europeia e vem aparecendo com cada vez mais frequência em discussões sobre gestão pública. As avaliações das cidades como inteligentes ou não pode variar, dependendo dos critérios adotados pelo Instituto que estiver classificando, porém, de maneira geral, cidades inteligentes são aquelas que usam os recursos de forma a dinamizar a sua infraestrutura, serviços, comunicação e gestão urbana. Os índices mais comuns usados pelos institutos na avaliação de cidade inteligente são: economia; sociedade; governo; mobilidade; meio ambiente e qualidade de vida.
Texto: Lucas Worobel, sob supervisão dos jornalistas do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina.