Quarto sismógrafo foi instalado nesta quinta (7)
Último equipamento já está fazendo medição de tremores no Jardim Califórnia; aparelhos ficarão em Londrina por tempo indeterminado

Após pesquisar os terrenos mais apropriados para a instalação dos sismógrafos para a averiguação dos tremores no Jardim Califórnia (região leste), a comissão técnica formada por profissionais do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), Defesa Social e Civil, Sanepar e Universidade Estadual de Londrina (UEL) implantou o quarto e último aparelho, que fará a medição, na manhã desta quinta-feira (7).
Desde o momento da instalação, os equipamentos iniciaram os registros das informações sobre a profundidade focal dos tremores, a origem exata e o motivo desses abalos sísmicos. De acordo com o secretário municipal de Defesa Social e coordenador da Defesa Civil em Londrina, Coronel Rubens Guimarães, alguns pequenos tremores foram registrados pelos sismógrafos.
“Assim que se instalam os sismógrafos eles começam a registrar as informações. Alguns pequenos tremores foram gravados, mas ainda é cedo para fazermos alguma análise. A equipe do Centro de Sismologia da USP partirá, mas os equipamentos continuarão captando as informações e o professor da UEL e geólogo, João Paulo Pinese, acompanhará as medições, assim como nós”, disse.
Segundo o engenheiro eletrônico do IAG/USP, Luis Galhardo, os equipamentos instalados são muito sensíveis e conseguem captar tremores do mundo inteiro. “Se tivermos um evento acontecendo no Japão agora, nós estaremos gravando aqui”, afirmou.
Em função da alta sensibilidade do aparelho, é possível que a movimentação de pessoas próximas ao sismógrafo possa ocasionar ruídos na gravação dos dados, podendo até encobrir informações importantes. Por isso, os locais exatos onde foram instalados três dos quatro sismógrafos não foram divulgados. Apenas sabe-se que um está na Base da Guarda Municipal de Londrina (próxima ao Lago Igapó II) e outro na região da Vila Esperança.
Ao finalizar as instalações, os estudiosos da USP vão a Maringá e devem seguir a São Paulo. O serviço de monitoramento dos tremores será feito através dos registros gravados nos aparelhos, que são transmitidos periodicamente através de Sistema de Telecomunicações ao Centro de Sismologia da USP.
Sobre os tremores – O terremoto é a liberação instantânea de energia. Assim que ele ocorre, ondas de energia são geradas e transmitidas por toda Terra. O sismógrafo é capaz de medir essas vibrações mecânicas. Por isso, os sismógrafos foram instaladas em um raio de 5 quilometros do epicentro dos tremores, onde se acredita que será possível coletar mais dados com precisão.
Fotos: Vivian Honorato




