Secretaria de Saúde apresenta dados em audiência pública

Na manhã desta quarta-feira (30), o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, apresentou os dados da prestação de contas referente aos quatro primeiros meses de 2018. A audiência pública do 1º quadrimestre do ano aconteceu na Câmara Municipal de Londrina.

Na ocasião, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde tornou público os números sobre as receitas e despesas registradas nos quatro primeiros meses de 2018, além das ações realizadas pela pasta durante os meses de janeiro a abril. Segundo o secretário, a Prefeitura de Londrina tem realizado muitos investimentos na área. “Quase 22% do orçamento do município foi investido na saúde, nos primeiros quatro meses do ano, visando sempre a melhoria de qualidade de atendimento de nossa população e ampliação de oferta de serviços”, apontou.

O secretário lembrou ainda que, a partir de agora, com diversos projetos em andamento, o secretaria começa a implantar o projeto de reestruturação física das unidades de saúde. “Iniciamos a reforma da Maternidade Municipal, conseguimos licitar, no primeiro quadrimestre, a reforma de 11 unidades básicas de saúde, que somam mais de R$ 2 milhões em investimentos, conseguimos preparar a informatização da saúde, com mais de 700 computadores, e tudo isso será revertido em melhorias na assistência à saúde”, ressaltou.

De acordo com os dados, durante todo o mês de janeiro, os profissionais da saúde realizaram atividades educativas sobre a hanseníase (Janeiro Roxo). Em fevereiro, a Secretaria de Saúde também contratou 32 novos funcionários entre técnicos de farmácia, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e médicos. Ainda em fevereiro foi divulgado o resultado do 1º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), indicando um índice de 12% de infestação em toda a cidade e as medidas para o controle da dengue.

Em 16 de março, o prefeito Marcelo Belinati anunciou a primeira grande reforma e ampliação na Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, onde serão investidos R$ 5 milhões nas obras e R$ 1 milhão na aquisição de novos equipamentos. Ainda em março, o governo estadual e o municipal lançaram a 4ª etapa de vacinação contra a dengue. Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Padovani e do Jamile Dequech receberam o Selo de Certificação em Tutoria na Atenção Primária à Saúde.

No mês seguinte, o Município anunciou o Cartão Municipal de identificação para Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; lançou a campanha de vacinação da gripe e foi divulgado o resultado do 2º LIRAa de 2018, quando foi verificado que a cada 100 imóveis de Londrina, mais de quatro estavam com focos positivos do mosquito da dengue.

Durante os quatro meses, a Ouvidoria da saúde recebeu 680 demandas, entre solicitações referentes aos processos na Ouvidoria da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná (SESA), às informações em geral, reclamações e elogios. Já a Diretoria de Regulação da Atenção à Saúde informou os dados referentes às internações hospitalares por complexidade. Segundo os dados, de dezembro de 2017 a março de 2018, 828 internações de média complexidade, ao custo de R$ 532.349,42, foram realizadas com o uso de recursos próprios. Outras 16.417 internações foram possíveis com os serviços contratualizados ao custo de R$ 21.081.558,8. Já de alta complexidade foram 3.485 internações realizadas, que custaram R$ 20.033.253,04.

Em média, o Município investiu R$ 7.920.508,51 em atendimentos ambulatoriais de média e alta complexidade, durante dezembro a março. Já com gastos hospitalares foi uma média de R$ 10.411,790,32, o que somado com os ambulatoriais chega ao montante de R$ 18.332.298,84.

A Policlínica de Londrina também informou que realizou 904 atendimentos em janeiro deste ano, outros 968 em fevereiro, 1.182 em março e 1.031 em abril, o que gera um total de 4.085 entre atendimentos de cardiologia, dermatologia, nefrologia infantil, pneumologia, pediatra e outros. Além disso, no primeiro quadrimestre do ano, a Policlínica incluiu a especialidade de hematologia.

A Diretoria de Serviços Complementares em Saúde tornou público também o montante de produção dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS AD, CAPS III e CAPS Infantil). O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Londrina (CAPS AD) fez 2.565 acolhimentos diurnos nestes quatro meses, 31 domiciliares, 2.182 em grupo, 1.964 individuais, 1.018 Práticas expressivas e comunicativas e deu atenção a 67 situações de crise. Já o CAPS Infantil computou 26 acolhimentos diurnos, 20 domiciliares, 853 em grupo, 1.609 familiares e fez 836 Práticas expressivas e comunicativas. O CAPS III fez 1.794 atendimentos individuais, 579 acolhimento diurno, 567 acolhimento em grupo, 456 atendimento familiar, entre outros.

O Centrolab apresentou sua produção, em que foram computados 667.934 exames laboratoriais; sendo 389.197 produções em bioquímica; 118.152 exames de hormônios e imunologia; mais de 51 mil de urinálise; mais de 73 mil em hematologia, e quase 30 mil em hematologia.

A audiência foi aberta ao público e segue o preconizado pela Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Ela regulamenta o artigo 198, da Constituição Federal, dispondo sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pelos entes do Poder Público nas ações e serviços de saúde, além de estabelecer os critérios para o rateio de recursos de transferências à saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas públicas.

Escrito por Ana Paula Hedler e Dayane Albuquerque

Fotos: Vivian Honorato