Cidadão

Respira Londrina apresenta balanço positivo à cidade

Programa conseguiu reduzir número de internações e atendimentos em hospitais, com a capacitação nos postos de saúde; números foram divulgados hoje (dia 7)


O programa “Respira Londrina”, responsável pelo atendimento às pessoas com asma e rinite no Sistema Único de Saúde (SUS) do município, apresentou, hoje (dia 7), um balanço dos primeiros quatro anos da iniciativa. Os números foram divulgados, pela manhã, na Policlínica Municipal de Saúde, e contou com a presença de parte da equipe responsável pelo projeto e imprensa local. O levantamento foi a base da tese de doutorado do responsável pela implantação do programa em Londrina, o pneumologista Alcindo Cerci Neto.
Conforme ele, o estudo foi baseado no atendimento do programa durante os anos de 2003 a 2006, levando em conta os benefícios que a iniciativa trouxe para o tratamento contra a asma no município. “São dados importantes que mostram que a asma persistente deve ser tratada de forma constante. Por isso, é que conseguimos reduzir, por exemplo, o número de atendimentos e internações”, destacou o pneumologista.
Neto informou que 5.510 pacientes estão cadastrados atualmente no programa “Respira Londrina”. “Cerca de 80% destes apresentam casos de asma persistente e, por isso, fazem o tratamento permanente”, citou. Ele afirmou, também, que são mais de 100 médicos, 160 enfermeiros e 410 agentes comunitários, divididos em 84 equipes especializadas, que compõem o serviço feito pelo projeto em toda a cidade. “O mais importante é ressaltar o grande número de profissionais que estão aptos a cuidar do problema no município”, enfatizou.
Segundo o médico, o aumento de profissionais ocorreu devido às diversas capacitações que a equipe do programa realizou durantes todos estes anos nas unidades básicas de saúde (UBS) de Londrina. “Os 54 postos existentes possuem pessoas capacitadas e é por isso que o número de atendimentos em hospitais foi reduzido”, observou.
Alcindo Cerci destacou que o levantamento feito foi segmentado em três áreas distintas: atendimentos em unidades de saúde, por especialistas e nos hospitais. “Cerca de 60% das pessoas que procuraram auxílio do programa, nos postos de saúde, aderiram ao tratamento. Com isso, grande parte destas, que sempre iam a hospitais atrás de atendimento, deixaram de ir e, consequentemente, as filas e a demanda, por espera, diminuíram também”, salientou.
Conforme o pneumologista, o tempo médio de espera pelo atendimento à asma caiu de seis meses para menos de três semanas. “A demanda diminuiu pela metade”, acrescentou. Já em relação aos especialistas, Neto informou que o número de atendimentos caiu de 518 para 186. “Os números são a consequência da capacitação feita nas UBS. Com profissionais especializados nas unidades, o paciente que necessita do atendimento não precisa, necessariamente, procurar hospitais ou especialistas”, completou.
A coordenadora do programa “Respira Londrina”, a pediatra Luci Kuromoto, comemorou os números obtidos e afirmou que o trabalho feito pelo projeto é constante nos centros de saúde municipais. “A orientação ao asmático e à família do paciente deve ser feita sempre”, citou.
Ela destacou, também, que é preciso divulgar o atendimento do programa junto à população. “Temos que mostrar ao londrinense que existe o tratamento contra a asma e a rinite em todas as UBS da cidade. Várias pessoas que procuram o serviço no PAI [Pronto Atendimento Infantil] e no PAM [Pronto Atendimento Municipal] não sabem que o auxílio pode ser encontrado nos postos de saúde”, argumentou.
De acordo com Luci Kuromoto, a Policlínica é um centro de referência da Secretaria Municipal de Saúde, criado em 2004, que atua como suporte às ubs e atende a demanda de várias especialidades e outros serviços considerados de nível secundário do Sistema Único de Saúde (SUS).
O serviço oferece atendimento de acupuntura, cardiologia, dermatologia, endocrinologia, neurologia, pneumologia para pacientes asmáticos (Programa Respira Londrina), reumatologia, moléstias infecciosas, atendimento a pacientes portadores de Alzheimer, programa de combate ao tabagismo, atendimento de enfermagem, nutrição e fisioterapia. Além destes serviços a unidade também trabalha na área de pediatria, a hebiatria, que é o atendimento ao adolescente, infectologia e a triagem para crianças que necessitam de leites especiais.
(Londrina, 7 de abril de 2009)

Etiquetas
Mostrar mais

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Compartilhamentos