Cidade
Empresas respondem ao Procon sobre precificação
Órgão recebe as respostas do levantamento sobre álcool gel e outros produtos relacionados à proteção contra a gripe A
Terminou hoje o prazo para as empresas oficiadas pelo Núcleo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, Procon Londrina, apresentarem resposta sobre a precificação do álcool gel, luvas e máscaras, necessários para higienização e proteção contra a epidemia de Gripe A. As respostas das empresas serão encaminhadas amanhã (19) pelo coordenador do Órgão, Marco Cito, ao Ministério Público.
“Trabalharemos junto à Promotoria de Defesa do Consumidor analisando todos os dados para confirmarmos o abuso ou não nos preços. A partir de então, tomaremos as medidas previstas em lei”, afirmou o coordenador, explicando que a punição em relação ao abuso pode variar de multa até uma interdição administrativa.
Segundo Cito, 20 estabelecimentos foram questionados sobre os preços praticados nesses produtos. “Solicitamos que as empresas nos enviassem demonstrativos de quais eram os preços em abril, antes da chegada da gripe, e os preços de agosto, com a atual situação da doença”, explicou.
Baseado nas denúncias protocoladas junto ao Órgão foi possível constatar que, além da diferença dos preços nos meses questionados, existem grandes diferenças entre um estabelecimento e outro. “O litro do álcool gel industrializado, por exemplo, chega a 800% de diferença, variando de R$ 28,00 uma embalagem com cinco litros a R$ 44,00 uma embalagem com apenas um litro. E as luvas, de R$0,25 a R$ 1,80 a unidade, resultando em mais de 700% de diferença”, apontou o coordenador.
Além do industrializado, foram levantados os preços do álcool gel manipulado, um dos produtos mais procurados desde o aumento no número de infectados pela gripe, em virtude da falta do industrializado em alguns locais. “Em frascos de 140 ml, os preços variam de R$ 7,00 até R$10,00”, destacou Cito
Mesmo a primeira etapa do trabalho tendo sido concluída com a chegada das respostas, Cito lembrou que mais estabelecimentos podem ser questionados. “Trabalhamos em favor do interesse do consumidor. Portanto, se recebermos denúncias de alguma empresa que ainda não oficiamos, temos o dever de questioná-la”, afirmou o coordenador.
(Londrina, 18 de agosto de 2009)