Londrina lança campanha de vacinação contra o sarampo para pessoas de 5 a 59 anos
Todas as Unidades Básicas de Saúde, da área urbana e rural, têm a vacina; a cidade já registrou um caso suspeito este ano, em investigação
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Após mais de 20 anos sem registros do sarampo, Londrina teve oito casos confirmados da doença, no segundo semestre de 2019. Para evitar novos casos de sarampo na cidade e proteger toda a população, a Prefeitura de Londrina aderiu à Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo. Lançada nesta segunda-feira (10), com a presença do secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, e da diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Tókio, a campanha abrange todas as pessoas com idade de 5 a 59 anos.
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Dentro dessa faixa etária, os jovens com 20 a 29 anos deverão tomar uma dose extra, mesmo que estejam com as vacinas em dia. Já os demais grupos terão seu histórico de vacinação analisado e, se necessário, vão receber a dose que falta.
A paciente Beatriz Padilha, de 25 anos, aproveitou sua ida até a UBS do Tókio pela manhã, e garantiu a dose da vacina. “Tenho certeza de que é muito importante essa vacinação para a nossa faixa etária, porque o jovem precisa se prevenir contra essa doença tão contagiosa e perigosa. E como sou mãe de um bebê de dois meses, por ser vacinada protejo a mim e a ele também”, ressaltou.
No lançamento, o secretário municipal de Saúde adiantou que a vacinação contra o sarampo terá o Dia D no sábado (15), com previsão de encerramento em 13 de março. Para o sábado (15), as UBSs que ficam na zona urbana abrirão exclusivamente para aplicar as vacinas, no horário das 8 às 14 horas.
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Machado frisou que toda a população com idade de 5 a 59 anos deve procurar a UBS mais próxima de sua residência, especialmente os jovens que irão receber dose extra. “O Paraná adotou uma estratégia diferenciada em relação aos demais estados, em especial para o público de 20 a 29 anos. Essas pessoas devem receber a dose da vacina contra o sarampo, mesmo que sua carteira esteja com o esquema vacinal completo. Temos cerca de 100 mil doses da vacina e, conforme atingirmos a meta, que é de 95% do público, teremos apoio do governo do Estado com envio de mais vacinas”, complementou.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde do Município, a oferta da dose extra para público de 20 a 29 anos se deve ao fato de que é nesta faixa etária que se concentra a maioria dos casos positivos de sarampo no Paraná. “Para as pessoas nas demais idades, será feita a verificação e, se necessário, poderá ser fornecida a vacina ou não. De 5 a 19 anos, são necessárias duas doses de vacina. Se o paciente não tiver as duas, vamos complementar o esquema. E de 30 a 59 anos, é preciso apenas uma dose. Lembrando que para a faixa etária de 50 a 59 anos a vacina está sendo oferecida somente pela campanha, ou seja, terminando a campanha no dia 13 de março para essa faixa etária não será mais aplicada a vacina contra sarampo”, destacou.
Fernandes explicou que, como está programada a campanha de vacinação contra a gripe logo na sequência, a expectativa é que a vacinação contra o sarampo não seja prorrogada. Dessa forma, é necessário que a comunidade compareça nas unidades de saúde dentro do prazo previsto, e faça sua imunização. “Nos últimos anos, normalmente ficamos abaixo da meta de vacinação. Isso em uma sequência ruim não só de Londrina, mas outros municípios e para o Brasil como um todo. Por não termos atingido a cobertura mínima das vacinas, doenças como o sarampo estão voltando, e sendo novamente uma preocupação”, reforçou.
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Sobre a doença – Em 2020, Londrina já registrou uma suspeita de sarampo, de paciente mulher com 45 anos, sem registro prévio de vacina tríplice viral, e que ainda está sob investigação. “É um caso que muito provavelmente será confirmado, por ter vínculo com o irmão que reside em Curitiba, e teve quadro de sarampo confirmado”, detalhou a diretora de Vigilância em Saúde.
Com sintomas como febre alta, forte indisposição e dores pelo corpo, o sarampo também causa vermelhidão nos olhos, como conjuntivite, e manchas vermelhas em todo o corpo (exantema). “A princípio os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como a dengue. Por isso a orientação é sempre procurar a UBS para o diagnóstico correto”, frisou Fernandes.