Cidadão
Campanha Sinal Verde 2010 é lançada em Londrina
De maio de 2009 para 2010, 355 crianças e adolescentes foram atendidas pela ação; uso abusivo de drogas tem sido o principal obstáculo de inclusão social
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O objetivo da campanha é orientar as pessoas para que, ao invés de dar esmolas, contribuindo assim para a manutenção do quadro de mendicância nas ruas, solicitem aos serviços públicos de assistência social, como por exemplo o Programa Sinal Verde, o direcionamento adequado para esses indivíduos. Ao todo, 18 educadores da Epesmel serão responsáveis por abordar e encaminhar corretamente essas pessoas às respectivas famílias, abrigos e demais serviços socioassistenciais.
Esses educadores estão incluídos na equipe de 40 funcionários do Sinal Verde, que ainda conta com 7 assistentes sociais; 2 psicólogos; 1 terapeuta ocupacional; 2 coordenadores, sendo um da Secretaria de Assistência Social e outro da Epesmel; 2 auxiliares de serviços gerais; 4 vigias; 1 motorista e 3 auxiliares administrativos.
De maio de 2009 a maio de 2010, o Sinal Verde atendeu 355 crianças e adolescentes, sendo que 214 são de Londrina e 141 de outras cidades da região metropolitana. Em março deste ano, 253 adultos e adolescentes em situação de rua foram abordados. Desse número, 57 pessoas efetivamente são de Londrina. “O uso abusivo de drogas tem sido a principal dificuldade que temos encontrado, já que o tratamento de drogadição não é feito pela assistência, mas sim pela saúde do município. Registramos também grande número que são de fora de Londrina”, ressaltou a secretária de Assistência Social, Jaqueline Micali.
Segundo ela, com o aceite do atendimento, é feita uma entrevista e investigação do histórico da pessoa abordada, para descobrir se o indivíduo possui parentes. Em caso afirmativo, há a tentativa de reinserção da pessoa ao seio familiar. Se não for possível, por não se encontrar a família ou não houver chances de reaproximação, a equipe faz o encaminhamento a um abrigo.
A coordenadora do Sinal Verde, Lucinéia Ribeiro, explicou como a esmola dificulta o trabalho dos educadores. “Todo o serviço que prestamos é totalmente o oposto do que a esmola oferece. Hoje, as pessoas que conseguem algum dinheiro na rua geralmente utilizam isso para uso de drogas. Solicitamos que a sociedade, caso queira ajudar no sentido de solidariedade, contribua com as instituições, deixando assim esse tipo de trabalho para o Sinal Verde”, destacou.
De acordo com ela, são freqüentes os casos das pessoas que não aceitam as abordagens. “À medida que a comunidade contribui a pessoa consegue recursos financeiros para sua manutenção na rua, diminuindo assim o seu interesse de sair dessa situação. Por isso, o correto é encaminhar o cidadão para os serviços socioassistenciais, que tem o apoio de técnicos especializados para lidar com as dificuldades do indivíduo. Com isso, conseguimos até devolver a pessoa para o mercado de trabalho”, disse.
O prefeito de Londrina, Barbosa Neto, comentou que os programas sociais da cidade estão sendo dinamizados pela administração municipal. “Estamos viabilizando políticas públicas para a inclusão dessas pessoas, como o Projeto Futuro, que atualmente atende 7 mil crianças, e a escola em tempo integral, ação que acontece em 14 escolas diferentes e contempla 4.700 alunos com cinco refeições diárias. Outro ponto importante é o programa ProJovem Urbano, onde 3 mil novos jovens serão atendidos”, frisou o prefeito.
Telefones para contato
Segue a lista de telefones para acionar os serviços públicos de destinação a pessoas em situação de rua.
Sinal Verde – 3378-0417 (segunda a sexta-feira das 8h às 17h na sede); 9991-4568 e 9996-3497 (diariamente por telefone, das 7h às 22h30).
Depois das 22h30
Conselho Tutelar região norte – 9994-0770 (segunda a sexta-feira, das 8h às 18h).
Conselho Tutelar região central – 9994-0920 (segunda a sexta-feira, das 8h às 18h)
Conselho Tutelar região sul – 9994-0970 (segunda a sexta-feira, das 8h às 18h)
Plantão do conselho tutelar – 9991-6752 (segunda a sexta-feira, das 18h às 8h e sábados, domingos e feriados, por 24h).
A população também pode contribuir doando parte do imposto de renda ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Para esse procedimento, as podem ter informações pelo telefone 3372-4392, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
(Londrina, 10 de maio de 2010)
Foto:Luiz Jacobs