Criada pelo artista plástico Fernando Londrina em 2008, “Reviravolta” reúne textos que tratam de temas universais; exposição acontece em outras entidades culturais até setembro
Uma revista local que tem abrangência internacional em seus textos. Essa é a proposta da Reviravolta, criada em 2008 pelo artista plástico Fernando Londrina e que reúne trabalhos originais de autores como Amaro Azevedo, Vitor Gouvêia, Délio César e Domingos Pellegrini, dentre outros, abordando questões humanísticas, religiosas e sociais em sua primeira edição, cujos 10 trabalhos originais estarão expostos amanhã (7), das 9h ás 16h, no Museu de Arte de Londrina (rua Sergipe, 640).
“Nosso objetivo é chamar a atenção do público sobre a necessidade da reflexão desses assuntos que envolvem diretamente o ser humano. Temos que divulgar a arte criativa, espontânea e natural, algo que tem
sido cada vez mais difícil na mídia atualmente”, comentou Fernando Londrina.
De acordo com o idealizador, a falta de divulgação da cultura regional não é só uma característica de Londrina. “Isso acontece em geral no Brasil todo, já que muito da cultura americana é importada, lotando a programação das rádios e de outros veículos de comunicação”, ressaltou.
Porém, ele acredita que o apoio do Museu de Arte auxilia consideravelmente a proposta principal da revista. “A adesão das pessoas sobre o modelo da Reviravolta é algo que está muito ligado ao espaço que a mídia pode dar a esse tipo de modelo, que trata principalmente de construir uma consciência cultural”, concluiu o artista.
Essa é a mesma opinião da diretora do Museu de Arte, Sandra Jóia. Segundo ela, artistas que prezam a arte como agente social devem ser valorizados. “O museu, enquanto órgão cultural, tem o papel de dar ênfase a projetos como esse. O sábado é um excelente dia para que as pessoas possam comparecer a exposição, porque geralmente muitas vêm ao centro da cidade para passear”, comentou a diretora.
A segunda edição da revista está em fase de produção final e será lançada no Festival Literário de Londrina deste ano. A exposição também percorrerá a Biblioteca Pública, o Centro Cultural Lupércio Luppi, na zona norte, e a Biblioteca Ramal Vila Nova até setembro.
