Lives discutem os desafios contemporâneos acerca das relações raciais
Estão previstos seis encontros, promovidos pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB), até novembro
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O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com apoio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (CMPIR), irá promover diversas lives, entre os meses de setembro e novembro, acerca do tema “Relações Raciais e a População Negra: Desafios Contemporâneos”. Ao todo serão seis encontros, ministrados ao vivo, através do Youtube. Interessados em participar podem acessar este link.
O primeiro debate tem início hoje (24), às 16h. Na oportunidade os professores, Anderson Ferreira, Paulo Ramos e Andrea Rocha Pires, irão realizar um bate-papo em formato de “mesa redonda”, para discutir o “Juvenicídio Brasileiro: o racismo como substrato para mortes de jovens negros”.
De acordo com a coordenadora do NEAB-UEL e organizadora do projeto, Maria Nilza da Silva, o objetivo é abordar várias temáticas acerca do racismo, em seus diferentes tipos de manifestações na contemporaneidade. “Hoje, por exemplo, teremos uma live falando sobre o juvenicídio. Vamos mostrar indicadores que atingem a juventude negra no país. Na atualidade, quase 80% dos homicídios, no Brasil, são contra a população negra. Precisamos fortalecer o conhecimento desta triste realidade”, declarou.
No mês de outubro outros dois debates estão previstos para acontecer. O primeiro ocorre no dia 22, às 9h, abordando “O Desafio da Educação das Relações Étnico-Raciais no Olho do Furacão”. Na ocasião será comentada a Lei Federal 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de “história e cultura afro-brasileira” dentro das disciplinas, que já fazem parte das grades curriculares dos ensinos fundamental e médio. Já no dia 28, também às 9h, acontecerá uma live com a temática: “Ministério Público no Combate ao Racismo”. “O Ministério Público tem sido um parceiro na luta contra a discriminação racial. O órgão já há algum tempo estipula cotas para receber estagiários negros em suas atribuições jurídicas”, explicou Maria Nilza.
Por fim, em novembro, mais três bate-papos serão ministrados: “As ações afirmativas e os NEABS das universidades do Estado do Paraná”; “Musicalidades negras: raça, cultura e resistência”; e “Relação Brasil e Angola: lutas, independência e cultura, a figura de Agostinho Neto”.
Segundo a presidente do CMPIR, Maria Eugênia de Almeida, a iniciativa é extremamente necessária, no atual cenário do país. “Em tempos de pandemia acho que é bastante evidente a necessidade destes debates. Isto contribui para a formação intelectual das pessoas envolvidas na luta antirracista. As temáticas da iniciativa são bem diversificadas, achei muito interessante. Temas como o juvenicídio, que inclusive em Londrina está tendo um alto crescimento, são importantes de se discutir. Acredito que os encontros vão focar na luta pela inclusão e em mais oportunidades de acesso à educação”, afirmou.
Todos os eventos são gratuitos e acessíveis por qualquer pessoa. Ao final da iniciativa haverá a emissão de certificados de 4h, para cada debate assistido pelos participantes.
A programação virtual do NEAB-UEL conta com apoio do CMPIR, da 24º Promotoria GT de Combate ao Racismo, do Laboratório de Cultura e Estudos Afro-brasileiros (Leafro) e do Núcleo Regional de Educação (NRE).
Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com a coordenadora do NEAB-UEL e organizadora do projeto, Maria Nilza da Silva, através do número (43) 99976-8757.
Texto: Pedro Nunes, sob supervisão dos jornalistas do N.Com