Prefeitura esclarece treinamento da Guarda Municipal

Secretário Marco Cito, explicou que contratação da empresa Del Mondes e Dias foi cumprida dentro de toda legalidade e que não houve qualquer irregularidade
Os secretários de Defesa Social, Benjamin Zanlorenci, e de Gestão Pública, Marco Cito, rebateram hoje (14), durante coletiva semanal, as acusações do vereador afastado Joel Garcia (sem partido) sobre supostas irregularidades no treinamento dos 250 agentes que atualmente compõem a Guarda Municipal.
O principal motivo da reclamação de Garcia gira em torno da contratação no valor de R$ 303 mil com a empresa Del Mondes e Dias LTDA, do Estado do Mato Grosso do Sul, responsável pela capacitação dos guardas. Porém, o vereador questiona a destinação correta do dinheiro, já que, conforme a argumentação dele, o treinamento fora realizado pelas polícias Militar e Civil.
Cito argumentou que a licitação foi cumprida dentro de toda legalidade e que não houve qualquer irregularidade. “A Del Mondes e Dias LTDA foi a segunda empresa no processo, já que a primeira foi desclassificada por falta de documentação. A instituição mato-grossense era responsável por receber os recursos do município e ministrar o curso, através de horas em um conteúdo programático, além de contratar os professores que coordenaram o treinamento dos guardas”.
Marco Cito esclareceu a situação, destacando a atuação da Polícia Militar até a conclusão do processo licitatório. “Os agentes militares auxiliaram no início do curso de formação da Guarda Municipal em toda a parte cívica, como as questões de vestimenta e postura até a finalização da licitação”, garantiu.
“É prática nas guardas municipais, a contratação de uma empresa para ministrar o treinamento, que teve policiais civis e militares, além de juízes e professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) como instrutores nas 600 horas do curso de formação”, esclareceu o secretário de Defesa Social, Benjamin Zanlorenci.
Em relação à presença da Polícia Militar na instrução dos guardas municipais, Zanlorenci adiantou que é necessário firmar um convênio com algum órgão de segurança e com o Governo do Estado, através de uma portaria da Polícia Federal, para a certificação. Zanlorenci afirmou, também, que é preciso distinguir a função do policial militar do guarda municipal. “Para ter o curso de tiro, por exemplo, é necessário ter o porte de arma. Para a Polícia Militar, essa situação é automática. No caso dos agentes locais, o porte é individual. Para realizar essa medida com eficiência, devemos passar por um processo burocrático, como as 100 horas do curso de tiro”, ressaltou.
O secretário de Defesa Social defendeu a contratação da empresa sul-matogrossense, já que a secretaria não poderia coordenar o treinamento e nem mesmo a prefeitura dispunha de quadro de funcionários aptos para executar o curso de formação da Guarda. “O prefeito Barbosa Neto iniciou esse processo em julho do ano passado, sendo que a Secretaria de Defesa Social foi oficializada em 30 de setembro. A partir desse ponto, coletamos informações com vários órgãos de segurança, para a formação da primeira turma da Guarda Municipal de Londrina, que necessitou de uma preparação especial”, frisou.
Ticket-alimentação
De acordo com o secretário de Gestão Pública, Marco Cito, a denúncia apresenta outra confusão, em relação aos tickets-alimentação repassados aos agentes. “Trata-se de outro contrato, elaborado inicialmente para a Secretaria Municipal de Saúde, mas que teve um aditivo para a Defesa Social. O vereador acusa que essa situação faz parte do treinamento. Porém, inclusive a quantidade de tickets não utilizados foi devolvida”, afirmou Marco Cito.
Curso de tiro
Sobre o curso de tiro, o secretário de Gestão Pública informou que a empresa recebeu somente pelo conteúdo ofertado aos alunos. “Inicialmente, fizemos o chamamento de 200 agentes e, posteriormente, mais 50 homens, que necessitavam receber o treinamento. A administração municipal pagou a Del Mondes e Dias LTDA somente pelas horas executadas”, afirmou.
Transparência
O prefeito Barbosa Neto disse que não há nenhuma irregularidade no treinamento da Guarda Municipal, adiantando que o serviço feito pelos agentes é referência nacional. “No caso dos tickets, houve a alimentação fornecida no período noturno para todos os que fizeram o curso. Fizemos toda a licitação com transparência, baixando o valor do concurso de R$ 500 mil para R$ 303 mil”, avaliou.
O prefeito ressaltou, ainda, que ele e sua equipe de secretários e assessores estão à disposição do Ministério Público, da Câmara de Vereadores, da Justiça para qualquer tipo de esclarecimentos. “Não há nada de errado, ao que me consta, até o momento”, declarou.
Durante a entrevista coletiva, o prefeito Barbosa Neto disse aos repórteres que as acusações do vereador afastado Joel Garcia têm motivação política. “Temos que descontar algumas questões: é um vereador que está ferido, que está sendo investigado por denúncias que nós fizemos; que foi expulso do partido; e que tem acusações graves contra sua conduta. É normal que a pessoa saia atirando. Há motivação política nisso”, afirmou.
Números da Guarda
Nas ruas desde dia 3 de julho, a Guarda Municipal já atuou em 574 situações. Deste total, 175 são rondas ou patrulhas e outras 71 são prisões. Além destes, a Guarda Municipal já fez:
– Amparo a vítima de assalto – 10
– Apoio a ações de fiscalização – 21
– Apoio ao trabalho da Polícia Civil – 1
– Apoio ao trabalho da Polícia Militar – 10
– Apoio ao Corpo de Bombeiros – 7
– Apoio ao Conselho Tutelar – 6
– Atendimento a pacientes – 10
– Participação em atividades de orientações de trânsito – 20
– Encaminhamentos a Assistência Social – 8
– Cobertura de eventos – 10
– Atendimentos diversos – 217
Foto: Luiz Jacobs




