Profissionais do Samu salvam bebês gêmeos na zona rural
Situação aconteceu com Olga, grávida de gêmeos, no distrito de Irerê; os dois permanecem com quadro estável na UTI do Hospital Universitário
Uma equipe de cinco profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou atendimento emergencial às 11h40 da última segunda-feira (13), em um sítio próximo ao distrito de Irerê, distante 600 metros da PR-445, e conseguiram salvar os bebês recém-nascidos de Olga.
De acordo com o enfermeiro responsável pela operação, Marcelo de Oliveira, a equipe do Samu chegou ao local em quinze minutos. “Para as características do contato feito, tivemos que deslocar a viatura básica, que leva o motorista e um auxiliar de enfermagem, e o veículo avançado. A necessidade de atendimento era grande, pelo parto prematuro dos gêmeos”, disse.
Oliveira informou que as condições adversas do clima e da estrada prejudicaram o acompanhamento dos profissionais, já que a via de terra que liga o sítio à PR-445 apresentava um declive acentuado. A situação se agravou com as chuvas que caíram na região. “Esse quadro impediu que as viaturas chegassem o mais próximo da residência”, comentou.
O enfermeiro ressaltou que o cenário encontrado na ocorrência não foi dos melhores. “A casa era velha e não tinha luminosidade suficiente para realizar a operação. Quando nossa equipe chegou ao local, as crianças já estavam no colo da mãe; porém, não apresentavam boas condições de saúde”, avaliou.
Marcelo Oliveira ressaltou que a preocupação principal da equipe foi direcionada para o estado de saúde dos dois bebês. “A menina apresentava um quadro hipotérmico, ou seja, estava com baixa temperatura corporal, problema resolvido após o atendimento prestado no interior da viatura. Para o menino, diagnosticamos que ele estava hipotônico, não dava respostas, quando estimulado. A falta de aquecimento e o parto prematuro foram os motivos que trouxeram essa situação à tona”, observou.
Pelas condições adversas da própria residência, a equipe do Samu preferiu prestar o atendimento durante o trajeto até o Hospital Universitário (HU). “No percurso, o bebê do sexo masculino teve bradicardia, que é a falta de oxigênio. Os sintomas são a cor azulada da pele e a diminuição na frequência do coração. Relatamos, ao pessoal do HU, a gravidade da situação e nos deslocamos para o hospital”, contou.
Conforme o enfermeiro, os dois bebês atualmente estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) sem previsão de alta. “Apesar da situação, eles apresentam um quadro estável. Atendimentos emergenciais como esse são comuns no Samu, Exemplo disso é o acompanhamento ao bimotor que caiu na noite do último domingo na zona rural, próximo ao distrito da Warta”, concluiu Marcelo.
Reconhecimento
De acordo com o gerente administrativo da Diretoria de Serviços Especiais de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e atual responsável pelo Samu, Juarez Soares Dantas, a solução encontrada pelos profissionais, no caso dos gêmeos, é prova do trabalho eficiente feito pelo Samu. “Estamos viabilizando melhorias na estrutura, para que o atendimento seja cada vez mais de qualidade”, disse.
O contrato, assinado recentemente entre a Prefeitura de Londrina e o Instituto Atlântico, no valor de R$ 523.473,19, para gerenciamento do Samu, vai beneficiar o serviço ofertado à população londrinense. “A empresa também foi contratada para administrar a Policlínica e o Sistema de Internação Domiciliar. Com essa medida, pretendemos colocar novas ambulâncias do Samu em funcionamento na cidade”, disse o gerente.




