Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional prorroga inscrições até 27 de setembro
Objetivo é debater as políticas públicas que buscam práticas alimentares saudáveis, respeitem as diversidades culturais e que sejam sustentáveis do ponto de visto social, econômico e ambiental
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Os interessados em debater as políticas públicas voltadas ao direito humano a uma alimentação saudável, acessível, de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente estão convidados para participar da 4ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Londrina. O encontro acontecerá pelo canal da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA) no Youtube (clique aqui para acessá-lo), no dia 30 de setembro, das 19h às 22h. As inscrições podem ser feitas até o dia 27 desse mês, pelo formulário disponível na internet (clique aqui para se inscrever).
O objetivo da conferência é debater as políticas públicas que buscam práticas alimentares saudáveis, respeitem as diversidades culturais, sejam sustentáveis do ponto de visto social, econômico, ambiental e que aproximem a produção, o abastecimento, a comercialização e o consumo de alimentos, como dita a Lei Federal nº 11.346/2006. Além disso, durante o encontro serão eleitos os 24 membros titulares e suplentes da gestão 2021-2023 do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Londrina (Consea-Ld).
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Para o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Régis Choucino, a realização da Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional é um evento importante para o Município como um todo. “Ela é uma oportunidade e uma ferramenta, para ampliar a participação da sociedade civil e do próprio poder público neste campo de atuação. É preciso que se aprofunde o debate do que é comida de verdade, e de todas as dimensões que englobam o ato de ‘alimentar-se’, tanto na sua dimensão cultural, social, econômica e até ambiental. Além disso, existe aí um viés que aproxima a cidade do campo, contribuindo para o desenvolvimento de ambos”, acredita Choucino.
Assim, a intenção é que a conferência incentive a articulação e a participação dos representantes do setor público, privado e da sociedade civil, para que juntos eles possam elencar as demandas prioritárias para o segmento, principalmente no momento de pandemia de Covid-19. Segundo a diretora de Abastecimento da SMAA e integrante da Comissão Organizadora da 4ª CMSAN, Amanda Cristina Andrello Costa, até o momento, a 4ª conferência conta com 30 inscritos, considerado um número abaixo do esperado. Isso porque, em anos anteriores a participação chegou perto de 100 pessoas.
Entre os motivos que podem estar levando a baixa participação popular está o formato virtual, imposto pela pandemia, e a convocação ter sido realizada de maneira diferente de anos anteriores. Isso porque, ela deveria ter sido convocada, no ano passado, pelo próprio Consea, o que não ocorreu. “Em virtude da pandemia, os órgãos envolvidos estão diretamente ligados às ações de enfrentamento Covid-19, por isso, a convocação no ano passado não ocorreu. Então, de acordo com o Regimento Interno, nós, do poder público, tivemos que convocar a conferência e como o prazo da gestão anterior se encerrou há algum tempo, o Consea está desfeito no momento. Dessa forma, estamos considerando o próprio credenciamento, como a indicação do delegado das entidades. No formulário, as pessoas já podem preencher o segmento que fazem parte, e se tem interesse em compor uma das cadeiras disponíveis no conselho”, esclareceu a diretora.
Alimentação em números – De acordo com dados oficiais da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), observa-se um aumento de 184% no volume de atendimentos registrados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) do Município, quando comparados os anos de 2019 e 2020. Isso significa que, em 2019, 1.256 famílias recebiam os Benefícios Eventuais Emergenciais (BEE) pagos pelo poder público, o que subiu assustadoramente em 2020, quando o número de famílias atendidas multiplicou sete vezes, chegando a 9.184 núcleos familiares dependentes do BEE.
Neste panorama da pandemia do novo coronavírus, o Município de Londrina distribuiu 500 toneladas de alimentos, quase 85 mil cestas básicas às famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica e 8.720 kits de alimentos, do Cartão Comida Boa no valor de R$ 50,00 pago pelo Governo Estadual, durante os três primeiros meses da pandemia, e do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 e de R$ 300,00 financiados pelo Governo Federal, além dos 2.900 Benefícios de Transferência de Renda Municipal (PMTR).
Para a imprensa: outras informações com o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Régis Choucino, pelo telefone 3372-4790.