Cidadão

Ouvidoria-Geral do Município registrou quase 28 mil processos em seis anos de existência

Criada em 18 de março de 2016, por meio da Lei Municipal nº 12.395, órgão municipal faz aniversário hoje; entre os últimos anos, 2020 foi o que mais recebeu demandas, chegando a 7.431 pedidos

A Ouvidoria-Geral da Prefeitura de Londrina está de aniversário. Há seis anos, no dia 18 de março de 2016, nascia o órgão oficial que escuta as demandas da população e a ajuda solucioná-las. Para comemorar a data, o ouvidor-geral do Município, Alexandre Sanches Vicente, divulgou um balanço dos atendimentos realizados até o momento.

Nestes seis anos, foram registrados quase 28 mil processos abertos pela pasta. Entre os últimos anos, 2020 foi o que mais recebeu demandas, chegando a 7.431 pedidos. Já no ano seguinte, o número de registros caiu para 6.648 chamados. Segundo o ouvidor-geral, com o passar dos anos e a implantação do Sistema Eletrônico de Informação (SEI) foi possível melhorar a mensuração dos dados coletados pelo órgão de controle interno da Prefeitura.

Além disso, houve mudanças no escopo da Ouvidoria, ampliando sua competência de trabalho. Isso porque, até novembro de 2016, a Ouvidoria-Geral recebia apenas os pedidos referentes à Lei de Acesso à Informação (Lei Federal nº 12.527/2011). Com a publicação do Decreto Municipal nº 1.422,  a Ouvidoria-Geral passou a atender as requisições da LAI e as sugestões, críticas, pedidos e reclamações da população, que passaram também a ser divididas em tipologias e analisadas de forma quantitativa e qualitativa.

Ouvidor-geral do Município, Alexandre Sanches, analisa a LGPD. Foto: Emerson Dias

“No início, em 2016, a Ouvidoria Municipal ainda era pouco conhecida pela população e não tínhamos o Sistema Eletrônico de Informação, o que dificultava a análise dos dados dos atendimentos. Com a implantação do SEI e a publicação do Decreto nº 1.422, nós pudemos analisar qualitativa e quantitativamente os pedidos. Hoje, os números demonstram que passamos a ser mais acionados pelos cidadãos e que eles puderam ter respostas mais eficientes por parte do poder público, visto que trabalhamos para que nenhuma demanda fique sem resposta”, elucidou Vicente.

O órgão auxiliar, independente, permanente e com autonomia serve como uma ferramenta de controle interno, que ajuda a apurar a evolução do serviço público prestado aos munícipes, por meio das manifestações que chegam até ele. Assim, a Ouvidoria não é quem soluciona a demanda, mas sim quem encaminha aos responsáveis pela solução. “Quando chega uma demanda e verificamos que está ocorrendo alguma dificuldade pelo órgão responsável pelo serviço, buscamos entender o que está acontecendo, qual é o problema e solicitamos uma resolução. Quando as demandas são repetitivas, nós emitimos recomendações visando melhorar o atendimento e o dia a dia da população”, disse o Ouvidor-Geral.

Foto: Emerson Dias

Atualmente, entre as demandas mais comuns que chegam até os seis servidores atuantes na Ouvidoria-Geral estão pedidos de informação, críticas, sugestões, reclamações e elogios sobre o atendimento direcionado ao público e aos serviços do cotidiano, como o tapa-buraco, capina, limpeza de bueiros, cobrança de IPTU e outros. A divulgação desses atendimentos pode ser conferida nos relatórios elaborados pelo órgão e disponibilizados no site da Prefeitura de Londrina.

Devido aos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos em Londrina, a Ouvidoria-Geral tem sido exemplo para os demais órgãos brasileiros. Um exemplo disso é que no Dia do Ouvidor, 16 de março, Alexandre Sanches Vicente ministrou uma palestra durante o 1º Encontro de Ouvidores no Município de Paiçandu. O encontro em formato híbrido (on-line e presencial) foi para todos os ouvidores da microrregião de Maringá.

Histórico – A Ouvidoria-Geral do Município de Londrina foi criada em 18 de março de 2016, por meio da Lei Municipal nº 12.395. O primeiro servidor a ocupar o cargo de ouvidor-geral do Município foi Márcio Horaguti da Silva, que é formado em Administração e Direito. No início, a pasta tinha apenas dois servidores e ficava em uma sala ao lado do gabinete do prefeito, na sede administrativa da Prefeitura de Londrina.

Hoje, o órgão tem oito funcionários, sendo um o ouvidor-geral, Alexandre Sanches Vicente, seis servidores e um estagiário, que são identificados com um uniforme próprio. Sua sede também foi transferida e ganhou mais visibilidade. Agora, eles atendem a população no piso térreo da Prefeitura (Av. Duque de Caxias, 635, no Centro Cívico) próxima à Praça de Atendimento da Secretaria de Fazenda.

Com o aumento no quadro funcional também vieram novas responsabilidades. Entre elas, a da implantação da política de Governança em Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD (Lei Federal nº 13.709/2018), em que o ouvidor-geral do Município também é o encarregado, ou seja, ocupa a função de principal canal de comunicação entre o poder público e a população e o poder público e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). “Como a lei estabelece um canal para a população buscar seus direitos no que tange à proteção de dados, a Ouvidoria-Geral do Município (por ser esse canal consolidado) recebeu essa atribuição”, salientou Vicente.

Contato – A cidadã ou cidadão que quiser entrar em contato com a Ouvidoria-Geral do Município pode fazê-lo de forma presencial ou remota. No primeiro caso, basta ir até a Prefeitura de Londrina, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h45, na sala que fica no piso térreo, na antiga sede da Sala do Empreendedor.

Também é possível optar pelo atendimento telefônico, discando o número 162, de segunda a sexta-feira, das 8h15 às 17h45, ou por enviar um texto escrito para o Whatsapp (43) 3372-4530 (o número não recebe ligação ou mensagem de voz). Outra opção é preencher o formulário eletrônico na página da Ouvidoria, que fica no site da Prefeitura de Londrina (www.londrina.pr.gov.br).

Os ouvidores buscam dar uma resposta imediata aos cidadãos. Quando isso não é possível, pode-se levar até 20 dias corridos, com a possibilidade de prorrogação de prazo por mais 10 dias, conforme a legislação nacional vigente. Em média, segundo Vicente, o prazo médio geral tem sido de oito dias, para a emissão das respostas à população.

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Ana Paula Hedler

Gestora de Comunicação, formada em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, especialista em Comunicação com o Mercado pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná.

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