Trabalho será feito no calçadão em parceria com o curso de Medicina da UEL
No Dia Internacional de Combate à Tuberculose, celebrado no dia 24 de março, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Programa Municipal de DST/HIV/AIDS, hepatites virais e tuberculose estará intensificando a conscientização da população. A ação será feita em parceria com o curso de Medicina da Universidade Estadual de Londrina. Um grupo de alunos e funcionários da Saúde estará no calçadão de Londrina, das 8h às 12h, distribuindo panfletos explicativos sobre os sintomas e as medidas de prevenção à doença.
A gerente do Programa, Regina Cortez, disse que o dia é importante para chamar a atenção da população, mas que esta não é a ação principal. “Para nós, o mais importante são as ações desenvolvidas pelo Programa durante todo o ano para atingir os indicadores considerados ideiais no caso de tuberculose”, afirmou.
Segundo a gerente, para atingir este objetivo, uma das medidas adotadas este ano foi o aumento do número de profissionais trabalhando no Programa, além da intensificação do tratamento supervisionado.
De acordo com Regina Cortez, durante o ano de 2011, dos 250 casos esperados, apenas 159 casos da doença foram identificados. Este ano já foram 20 casos. A expectativa é que até o final do ano seja diagnosticado um total de pelo menos 250 novos casos. Ela explicou que numa cidade com 500mil habitantes é esperado que 1% da população, ou seja, cerca de 5 mil habitantes apresentem sintomas da doença. “Desse total aproximadamente 4%, ou seja, mais de 200 casos deverão ter diagnóstico confirmado”, enfatizou.
Para a gerente, a realização do diagnóstico é de extrema importância. “Existem muitos casos que não são diagnosticados porque a população não dá a devida atenção para os sintomas e não procuram o serviço de saúde. Se não houver diagnóstico, não há tratamento e sendo assim, aumenta o risco de transmissão da doença”, alertou.
Regina Cortez destacou ainda outras ações realizadas pela Secretaria de Saúde no combate à doença, como a parceria com a Secretaria de Assistência Social para treinamento dos técnicos que trabalham diretamente com grupo de vulneráveis, como moradores de rua, dograditos, alcoolistas e outros.
Outra ação é a parceria do Programa com o sistema penitenciário da cidade, onde a população detenta, de acordo com a gerente, tem quarenta vezes mais chances de contrair a doença. “Além de treinar os profissionais que atuam nesses locais, nossa preocupação é em acompanhar o tratamento do detento diagnosticado. Quando ganham a liberdade, o Programa é avisado e informamos a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da casa da pessoa para que o caso seja acompanhado possa concluir o tratamento”, informou.
Os sintomas da tuberculose são emagrecimento, tosse contínua por mais de três semanas e febre noturna. Caso o quadro seja detectado, o recomendado é procurar a unidade básica mais próxima e realizar os exames necessários.
