ECOH traz causos para celebrar o imaginário popular
“Conta um causo, ganha um aplauso” é a atração da programação aberta no 12º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina, nesta terça-feira (22)

Qual a diferença entre o poeta e o mentiroso? Esse é o ponto de partida da criação do espetáculo “Conta um causo, ganha um aplauso”, do grupo “Os Tapetes Contadores de Histórias” do Rio de Janeiro. A apresentação começa às 19h, nesta terça-feira (22), na Vila Cultural Alma Brasil (Rua Argentina, 693, Vila Larsen), e é liberada para crianças a partir de 6 anos de idade. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados uma hora antes do espetáculo, no local.
O grupo “Os Tapetes Contadores de Histórias” se formou há 25 anos no Rio de Janeiro. Os integrantes começaram a criar tapetes como recurso cenográfico ao conhecer um projeto francês de incentivo à leitura que usava o “têxtil para costurar os textos” e encantar as crianças. O trabalho cativou o público e rendeu muitos prêmios, já foi apresentado em 16 países e ampliou o espaço de atuação da narração artística. O grupo foi pioneiro em levar a narração a hospitais e ter seu acervo têxtil exibido em galerias de arte.
O diretor da companhia, Warley Goulart, pela terceira vez participando do ECOH Londrina, vai usar tapetes, livros e bordados artesanais para narrar três histórias: “A incapacidade de ser verdadeiro”, de Carlos Drummond de Andrade sobre um mentiroso que era caso de poesia; “Atchiqué”, versão andina do conto de “João e Maria”; e “O congo vem aí”, baseado no livro de Sérgio Capparelli, ilustrado pelo próprio Warley Goulart, sobre a tradição popular da Congada de São Benedito. Um repertório imperdível, que tem tudo para empolgar as crianças.
“O que me deixa mais feliz enquanto eu conto histórias é o brilho nos olhos das crianças. É esse estado de maravilhamento diante das palavras, das narrativas, das formas têxteis que a gente costura, das expressões que a gente apresenta, dos sustos que a gente dá, das músicas que a gente canta. Esse brilho é uma espécie de bônus espiritual que a gente recebe por ser contador de histórias”, comentou Goulart.

A Sereia de Copacabana na sala de aula
A programação especial do ECOH para escolas e creches de Londrina começou nesta segunda-feira (21), no Colégio Estadual do Patrimônio Regina, com uma apresentação emocionante para alunos do 2° ano do Ensino Médio. Eles assistiram a palestra/performance “Me chame pelo meu nome”, da pesquisadora e atriz de Londrina, Marina Stuchi. O tema são os vários tipos de violência que as mulheres sofrem. A roda de conversa ao final teve grande participação dos estudantes, com partilha de histórias pessoas e percepções sensíveis sobre o tema.
“A escuta, depois da performance, é uma parte importante do trabalho, estar aberta para escutar o que o público, as outras mulheres têm pra falar. Elas se sentem seguras para se manifestar e assim entendemos que somos vítimas mas não queremos ficar nesse lugar”, avaliou Stuchi.
Nesta terça-feira (22) é a vez da Escola Municipal João XXIII, na Vila Industrial, receber uma artista do ECOH. A educadora, atriz, autora e narradora Silvia Castro, do Rio de Janeiro, apresenta “A Sereia de Copacabana” que alerta para o problema da poluição dos oceanos.
Mais informações sobre a programação do 12º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina estão no site oficial do evento ecoh.art.br .
O 12º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina é uma realização do Instituto Cidadania. Conta com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura, o Promic. Tem ainda parceria institucional do Okupa, e apoio cultural de Vila Cultural Alma Brasil, SESC, CLAC, Vila Cultural Casa da Vila, e Barracão Tangará.
Texto: Assessoria de Imprensa – TP1 Comunicação