Dia D de Multivacinação resultou em 1.373 vacinas aplicadas
Ação foi realizada no último sábado (21), com a abertura de 13 unidades de saúde para imunizar o público de zero a 15 anos incompletos

No último sábado (21), a Prefeitura de Londrina realizou, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Dia D de Multivacinação. Treze Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todas as regiões da área urbana mais o distrito de Lerroville abriram, das 10h às 16h, para atender o público com até 15 anos incompletos. Ao todo, foram aplicadas 1.373 vacinas.

Dentre esse total de doses, 870 eram relacionadas à Campanha Nacional de Multivacinação, da qual Londrina participa ao longo de todo o mês. Outras 309 doses aplicadas foram de imunizante contra a gripe, e mais 194 contra a Covid-19. E 1.309 carteiras de vacinação foram avaliadas pelas equipes das UBSs.
Os atendimentos foram realizados nas UBSs do Vixi Xavier, Aquiles Stenghel, Chefe Newton (zona norte); Itapoá e Eldorado (zona sul); Armindo Guazzi e Marabá (zona leste); Santiago e Alvorada (zona oeste); Centro e Vila Casoni (centro). Para atender a população da zona rural, participou do Dia D a UBS de Lerroville. O público foi recepcionado pelos personagens Zé Gotinha e Maria Gotinha, e com distribuição gratuita de pipoca, algodão-doce, cama elástica e piscina de bolinhas, além de pinturas corporal.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, que acompanhou as atividades na UBS do Jardim Santiago, o Dia D de Multivacinação é uma das estratégias aplicadas para ampliar a cobertura vacinal, especialmente do público infanto-juvenil. “São preocupantes os números de todo Brasil, no Paraná e Londrina não é diferente, então estão sendo feitas nesse momento várias estratégias para que a gente possa evitar quaisquer riscos de retorno de doenças que já foram erradicadas, como sarampo e paralisia infantil, que rondam novamente devido à essa baixa cobertura vacinal”, comentou.
O secretário enfatizou que a queda na procura pela imunização também ocorre entre o público adulto, mas as ações têm privilegiado as crianças e adolescentes já que elas dependem dos pais e responsáveis para obterem o acesso aos serviços de saúde. “As crianças não vão sozinhas até a unidade de saúde, e toda família tem o compromisso de garantir que elas tenham o acesso e consigam se proteger. É uma responsabilidade de todos nós, enquanto cidadãos, cuidar das crianças. Então deixamos esse apelo, para que os pais tragam seus filhos e confiram as cadernetas de vacinação, deles e suas. Recentemente, tivemos a campanha da gripe e a adesão dos adultos foi muito baixa, mesmo liberando as doses para o público geral. Da Covid-19, está liberada a aplicação da bivalente para todos acima de 18 anos, mas a busca não tem sido a esperada, e quanto mais baixa a procura, maior o risco iminente da doença”, enfatizou.
Quem não conseguiu aproveitar o funcionamento das UBSs no sábado (21) ainda pode participar da Campanha Nacional de Multivacinação. Todas as Unidades Básicas de Saúde atendem, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. Ao avaliarem os registro da carteira de vacinação, os servidores das UBSs verificam quais doses estão atrasadas e fazem a aplicação, sem a necessidade de agendamento.

O diretor-geral da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), César Neves, também compareceu no Dia D de Multivacinação e reforçou a importância da adesão de toda comunidade para evitar novos casos de doenças que podem ser prevenidas. “Temos a obrigação de recuperarmos o bom hábito das famílias saírem com seus filhos, seus idosos, e irem até as unidades de saúde. Como médico, lamento muito que de 2016 para cá, mesmo antes da pandemia, perdemos esse bom hábito. Nossa cobertura vacinal começou a cair de maneira perigosa desde 2016 e, no Paraná, chegamos a 69% de cobertura vacinal, sendo que sempre alcançávamos de 90% a 95%. E no ano que atingimos 69% de cobertura, a média brasileira não passou de 47%. Isso é muito ruim, estamos abrindo uma brecha muito perigosa para doenças tidas como erradicadas, como a poliomielite”, frisou.
Neves indicou que os pais e demais familiares têm o dever de garantir para suas crianças e adolescentes o direito à vacinação, o ano inteiro, para protegê-las contra diversas doenças. “Somos do tempo em que, se as crianças não estivessem muito animadas, os pais levavam mesmo assim. Hoje em dia temos o diálogo, a questão do convencimento, e temos que convencer nossas crianças. Ainda temos indicadores que nos preocupam, como rotavírus, hepatites A e B, e um alerta para doses de HPV entre meninos, que está muito baixa a cobertura. Temos bivalentes da Covid-19 sobrando em nossos estoques, sendo que é uma vacina importante, traz a cobertura mais ampla para sorotipos da Ômicron. Se hoje estamos sem máscaras, foi graças à vacinação”, lembrou.