Defesa Civil remove água acumulada em residências alagadas na região sul de Londrina
Operação foi executada com uso de uma bomba motorizada para retirar a água das casas e transferi-la para as galerias pluviais; serviço foi acionado pelo 199 da Defesa Civil
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Na tarde de ontem (4), a Prefeitura de Londrina, por meio da Defesa Civil – que integra a Secretaria Municipal de Defesa Social – prestou suporte a duas casas que sofreram alagamento no Parque das Indústrias, região sul da cidade. Ambas as residências estão localizadas próximas à avenida Guilherme de Almeida e à PR-445. A rua onde ficam os imóveis foi atingida pela forte chuva que afetou diferentes áreas do município ao longo do dia, e as duas casas – uma na parte frontal e outra nos fundos do mesmo terreno – acabaram sendo invadidas pelo alto volume de água. Por conta disso, uma proprietária e moradora acionou a Defesa Civil e pediu socorro pelo número 199.
Momentos depois, uma equipe do setor operacional da Defesa Civil se deslocou até o local para verificar a situação e fazer a remoção da água que havia ocupado as casas, alcançando tanto o quintal quanto a área interna. O nível variou entre 30 cm e 50 cm de altura.
Uma bomba de sucção motorizada movida à gasolina, chamada motobomba autoescorvante, foi utilizada pelos agentes operacionais para fazer a retirada. Por meio do equipamento, que conta com uma mangueira resistente acoplada, a água entra por uma ‘boca’ e sai por outra, sendo escoada até a rede de galerias pluviais da via. A operação durou cerca de duas horas, devido à grande área trabalhada e ao volume de água existente.
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Enereidy Zacharias de Lima, proprietária da casa da frente atingida e responsável por chamar o serviço da Defesa Civil, agradeceu aos agentes pelo socorro prestado e empenho. “A equipe deles foi muito atenciosa e esforçada, eles fizeram de tudo para retirar a água o mais rápido possível, mesmo ainda debaixo de chuva, e ficaram até tarde removendo todo o volume de líquido com bomba e baldes. Somos muito gratos pela ajuda que foi de fundamental importância nesse momento difícil”, destacou.
Conforme relatou a moradora, sua rua ficou alagada pelas chuvas intensas e, por volta das 14h15, a água começou a entrar na residência pela frente e também pelos ralos internos, chegando a todos os ambientes, incluindo dois quartos, sala, cozinha, banheiro e lavanderia. “A água chegou muito rápido, coisa de segundos, e foi invadindo a casa todinha, não tinha como evitar. Na parte da garagem o nível subiu até os joelhos, e dentro também ficou alta. Foi desesperador e triste, pois não tinha o que fazer”, contou ela, que mora no local há seis anos com seus três filhos.
Lima disse que, em outras ocasiões, quando chovia por muito tempo e muito forte, acontecia de chegar água, em nível baixo, somente na parte da garagem e da cozinha. “Essa foi a primeira vez que chegou até a área interna. Dois filhos meus adolescentes que estavam em casa na hora ainda conseguiram levantar algumas coisas e salvar outras, desligaram aparelhos eletrônicos das tomadas. Eu estava voltando do trabalho nessa hora. Minha irmã e meu cunhado também ajudaram. Conseguimos salvar algo, um colchão, comidas, entre outros objetos, mas tivemos estragos de armários, guarda-roupas, sofá e outros móveis”, descreveu.
O coordenador adjunto da Defesa Civil de Londrina, Cilson Junior, informou que o serviço emergencial realizado ontem (4) é permanente, compondo o corpo de ações da instituição. A bomba motorizada utilizada foi adquirida em 2024 pela Secretaria Municipal de Defesa Social. “É uma ferramenta que pode ser usada sempre que houver disponibilidade, em situações emergenciais e de desastres, por exemplo. Ontem, surgiu essa demanda de socorro solicitada e conseguimos prestar o atendimento com êxito na retirada de água da chuva das casas. Vale ressaltar que, para realizar o escoamento de água de algum imóvel, é necessário que tenha um lugar para onde ir essa água retida. Não adianta ir até um imóvel alagado se as galerias pluviais estiverem todas obstruídas no momento, já que não haverá para onde jogar essa água toda”, apontou.
Solicitações como esta e outras emergências envolvendo eventos de desastres naturais podem ser feitas pelo número 199 da Defesa Civil.