Palestra sobre Grafologia encerra as atividades da Semana do Livro e da Biblioteca
Evento será realizado na Biblioteca Pedro Viriato Parigot de Souza nesta quinta (29), às 19 horas, com entrada franca
A Biblioteca Pública Municipal Pedro Viriato Parigot de Souza promove nesta quinta-feira (29) a palestra Grafologia: Caminhos do Autoconhecimento. O evento encerra a programação de atividades da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca 2015, cujo tema é “Arte e Leitura”. A palestra ocorre às 19 horas, na avenida Rio de Janeiro, 413.
De acordo com a coordenadora de Atendimento, Programação e Extensão da Biblioteca Pública, Ana Cristina Mischiati, são previstos 60 participantes, e as inscrições podem ser feitas pelo telefone (43) 3371-6500. “A palestra é gratuita e aberta a toda comunidade, mas quem precisar de certificado deve solicitar em uma lista que será disponibilizada no evento. Para a emissão do documento, haverá uma taxa de R$5,00, valor que será redirecionado para o Hospital de Câncer de Londrina”, ressaltou.
O palestrante é o professor Ninger Ovídio Marena, que estuda a grafologia há mais de trinta anos, e atua no Museu de Geologia e Paleontologia da Universidade Estadual de Londrina como museólogo. Ele explica que a grafologia é classificada como pseudociência no Brasil, porém em muitos países ela é considerada ferramenta de avaliação profissional. “Nos países europeus e também na Argentina, grandes empresas utilizam textos escritos à mão para analisar o perfil de um candidato a vaga de emprego. O objetivo é averiguar se a pessoa possui algum distúrbio ou dificuldades de interação social, por exemplo”, explicou.
Na palestra desta quinta (29), Marena vai abordar a evolução da escrita, que começou na pré-história e se desenvolveu até os dias de hoje. “Neste evento, vamos falar do surgimento da escrita, passando pela escrita ideográfica egípcia, pela formação do alfabeto, até chegar à conexão entre a escrita e o íntimo de uma pessoa. Serão utilizados vários recursos audiovisuais, e teremos muito diálogo. Há uma necessidade inerente ao ser humano de registrar o que se passa na sua vida, e a escrita é como uma radiografia do ser humano”, disse.
O professor afirmou que pela grafologia pode-se analisar muito mais que a condição da personalidade, mas também problemas de saúde. “A análise da escrita verifica a pressão do dedo, velocidade e a forma. Quando a pessoa escreve, ela exterioriza o que está dentro dela. Então até mesmo alguma anormalidade causada por doenças físicas pode ser constatada”, afirmou.
Sobre a substituição da escrita à mão por textos digitados, Marena disse não concordar com a supressão total de uma forma pela outra. “A modernidade nos trouxe diversas vantagens e evolui cada vez mais, mas a escrita não pode ser esquecida e abandonada. Com cadernos de caligrafia, por exemplo, aperfeiçoamos a noção de estética, o equilíbrio e a horizontalidade, sendo esta última muito valorizada pela neurolinguística. O ato de escrever desenvolve a mente, e é uma atividade fundamental para o nosso cérebro”, citou.
Foto: Luiz Jacobs