Município transfere atendimentos da UPA Centro-Oeste para o prédio do Mater Dei

A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), anunciou nesta segunda-feira (4) que a Unidade de Pronto Atendimento Maria Angélica Castoldo (UPA Centro-Oeste) será fechada às 7h do dia 8 de agosto para a mudança de endereço. Devido à reforma estrutural no imóvel, os serviços serão transferidos para o prédio do antigo Hospital Mater Dei (Rua Senador Souza Naves, 1.681). Os atendimentos à população serão retomados no dia 11 de agosto (segunda) às 7h, já no novo local, com instalações mais espaçosas e capacidade de atendimento ampliada.

O número médio de consultas na UPA, por exemplo, que era de 36 por hora, passará para 48 nas novas instalações. Os leitos de observação também serão ampliados, de 16 para 26 e as poltronas de 15 para 30, dobrando a capacidade de atendimentos. Além disso, os postos de classificação de risco passarão de quatro para sete e a quantidade de profissionais também será ampliada, passando de nove médicos para 13, sendo 12 clínicos gerais e um ortopedista.

O prefeito Tiago Amaral visitou as obras de reforma no antigo hospital, na manhã desta segunda-feira (4), e falou sobre a ampliação das equipes e a maior capacidade da nova estrutura provisória. “Nós praticamente dobramos a capacidade de atendimento vindo para cá. Estamos ampliando a quantidade de médicos, o tamanho da nossa equipe aqui, as áreas que a gente tem, inclusive, para ficar em observação, os quartos. A estrutura daqui vai dar uma capacidade de atendimento maior. Mas não é só uma simples reforma, é uma ampliação dos serviços e uma melhoria da qualidade das estruturas. Essa vinda para cá vai ser sentida de forma muito positiva pela população. Nós vamos deixar a UPA Jardim do Sol com qualidade e enquanto isso não acontecer, estaremos muito bem alocados aqui no Mater Dei”, disse.

A secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, acompanhou o prefeito na visita às futuras instalações da UPA e reforçou o ganho na capacidade de atendimentos que o novo prédio vai propiciar. “É uma mudança que nós não temos pressão de correr. A nossa pressão é aproveitar os espaços deste prédio para que a gente possa ampliar o acesso à qualidade da assistência e ao bem-estar para a população de Londrina. Essa era uma missão dada pelo prefeito Tiago Amaral, para que realizássemos o mais breve possível a mudança daquele espaço que estava ineficiente em relação ao acolhimento, à infraestrutura e ao cuidado que a população merece. Hoje, além desse número de atendimentos por hora, nós ganhamos volume de atendimento médico. De uma média de sete a oito médicos, vamos saltar para 13, sendo 12 clínicos e um ortopedista. Com perspectiva ainda de possibilidade de trazer para cá, futuramente, a Rede Carinho, que é uma grande joia assistencial dessa gestão, e até mesmo pensar em novos projetos, como na saúde da mulher e da criança, que venham qualificar a assistência na cidade de Londrina”, detalhou.

Durante o período de transição, entre sexta-feira (8) e domingo (10), a população contará com reforço nas equipes de atendimento da UPA Sabará (Avenida Arthur Thomas, 1.390), que terá 10 clínicos-gerais atendendo das 7h à 1h e dois ortopedistas 24 horas. Durante a madrugada, haverá seis clínicos-gerais em atividade.

O Pronto Atendimento do Jardim Leonor (Rua Aroeira, 284) também será reforçado nesse período, com atuação de cinco clínicos-gerais das 7h à 1h e quatro profissionais de madrugada.

Além disso, será disponibilizado atendimento em horário especial na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim do Sol, localizada na Rua Via Láctea, 877. Na sexta-feira (8), a UBS abrirá às 7h e só fechará à 1h do sábado (9), e volta a funcionar nesse mesmo dia das 7h às 19h.

O contrato com a Irmandade da Santa Casa de Londrina (Iscal), entidade proprietária do prédio do antigo hospital, é de um ano, com possível prorrogação por até cinco anos. O aluguel mensal é de cerca de R$ 90 mil.

Para receber os atendimentos, o edifício recebeu algumas adequações executadas pela Prefeitura através de um contrato de manutenção. Foi feita a adaptação de ambientes para atendimentos de urgência e emergência e a ampliação do número de consultórios. “Os fluxos foram desenhados de acordo com o fluxo de uma UPA, para que a gente pudesse classificar o risco. Inclusive, ampliamos o volume de profissionais que vão trabalhar na classificação de risco. Também criamos unidades de repouso para o paciente e até mesmo de internação temporária, em casos que precisam ser regulados e internados. Teremos aqui um ganho assistencial muito importante no conforto e nas práticas assistenciais da UPA”, complementou Feijó.

Investimentos – Com o objetivo de resolver problemas estruturais graves na sede da UPA Centro-Oeste, serão investidos R$ 1.836.944,28 na primeira etapa da reforma.

As obras serão conduzidas pela Regional Planejamento e Construções, contratada através de licitação. No contrato, estão previstos o reforço da fundação, correção da alvenaria e revestimentos, troca das portas danificadas e remoção dos acabamentos das paredes e pisos. Nos fundos da UPA, ao lado da escola, será executado o muro de arrimo; para isso, será necessário demolir e reconstruir uma parte do prédio, que hoje abriga a enfermaria. Por conta das infiltrações, algumas telhas serão substituídas, assim como rufos e calhas. Também será feita a reforma das calçadas externas e colocação de piso paver no estacionamento.

De acordo com o diretor de Urgência e Emergência em Saúde da SMS, Cleiton Santana, a previsão é que a etapa inicial da reforma da UPA Centro-Oeste (parte estrutural) seja concluída em oito meses. “Após o término dessa fase, vamos licitar a segunda etapa. É importante destacar que, durante o período em que os atendimentos forem realizados na estrutura do antigo hospital, contaremos com equipes médicas e de enfermagem ampliadas”, afirmou.

Posteriormente, para realizar a parte de acabamentos e melhorias de acessibilidade, o Município fará a licitação da fase dois.