Atualmente, o município entrega, em média, 18 mil “camisinhas” por mês. Com a nova medida, espera-se distribuir mais de 25 mil
A fim de facilitar o acesso da população à distribuição gratuita de preservativos, as Unidades Básicas de Saúde passam a disponibilizar o produto no balcão de atendimento ao paciente e nas salas de espera. A recomendação é que o método contraceptivo seja de livre acesso ao usuário e não tenha restrição quantitativa. A norma passa a vigorar a partir do dia 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
Antes desta medida, o cidadão precisava apresentar um documento de identificação para a retirada gratuita e os profissionais da saúde faziam o controle do usuário para a dispensação. Com o acesso facilitado, os profissionais esperam que haja um aumento significativo no número de “camisinhas” distribuídas.
Atualmente, em média, a Prefeitura entrega 18 mil preservativos masculinos por mês. Com a medida, a expectativa é que haja um aumento de 40% na distribuição, ou seja, que 25.500 unidades mensais sejam dados.
Além de facilitar a entrega nas unidades básicas, as equipes da Estratégia de Saúde da Família, do Programa Saúde da Família (PSF), entregarão preservativos durante as visitas domiciliares. O foco é a população vulnerável, como adolescentes, meninas e homossexuais. A intenção é disponibilizar a “camisinha” durante as abordagens domiciliares e comunitárias feitas com ações intersetoriais em escolas, Centros de Referência de Assistência Social, Organizações Não Governamentais, entre outras.
Com a entrega, os profissionais da saúde pretendem conscientizar o público sobre a importância da prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis como o HIV, hepatites virais e sífilis. De acordo com os números do Centro de Referência Dr. Piancastelli Filho (CTA), desde o início de 2015 até o momento, 1.918 testes rápidos de HIV foram realizados. Destes, 76 deram positivo, sendo que 60 são homens e 16 são mulheres. A maioria dos casos soropositivos (73,58%) está na faixa etária de 15 a 39 anos.
“A nova prática pretende estimular os jovens, o público feminino e os homossexuais a utilizarem o preservativo durante as relações sexuais. Como antes era necessário apresentar um documento de identificação para a retirada da ‘camisinha’, isso causava certo constrangimento em algumas pessoas. Nosso objetivo é facilitar o acesso e estimular a população a se prevenir de DSTs, principalmente contra a Aids”, explicou a gerente de projetos especiais, Lilian Nellessen.
Além da dispensação de preservativos masculinos, a Prefeitura distribui a “camisinha” feminina e o gel lubrificante. Para a retirada desses produtos ainda é preciso se identificar, pois durante a entrega é feita uma orientação de uso ao paciente. Por mês, cerca de 100 mulheres recorrem ao preservativo feminino nas Unidades Básicas de Saúde e outras 540 retiram no CTA.
Foto: Ilustrativa – Web
