Exposição fotográfica “Instante Efêmero” é atração na Biblioteca da Zona Norte
Conjunto reúne 39 imagens com cenas de teatro, dança e música em apresentações ocorridas em Londrina
Foi aberta ontem (27), na Biblioteca Pública Municipal Lupércio Luppi, região norte, a exposição de fotos “Instante Efêmero – Londrina é um palco”, que reúne trabalhos do fotógrafo londrinense Fábio Alcover. A montagem traz uma seleção de imagens registradas em eventos culturais diversos, entre apresentações e espetáculos de grupos locais, nacionais e internacionais. Na unidade, localizada na avenida Saul Elkind, 790, Conjunto Aquiles Stenghel, o público poderá contemplar as produções fotográficas no horário de funcionamento diário, das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira.
Com entrada sempre gratuita, a exposição é aberta a toda a comunidade e permanecerá no local até 31 de janeiro de 2026. A montagem traz 39 imagens em grande formato, com registros de cenas de teatro, dança e música que marcaram os palcos e arenas a céu aberto.

De acordo com a gestora cultural e bibliotecária da Biblioteca da Zona Norte, Ana Cristina Mischiati, os visitantes terão a oportunidade de olhar fotos com alta qualidade de espetáculos nos mais diversos festivais e ações que Londrina promove, alguns deles considerados entre os mais importantes do Brasil, como é o caso do Festival Internacional de Londrina (FILO) e o Festival Internacional de Música de Londrina (FIML).
Para a gestora, essa atração no ambiente da biblioteca reforça o papel de atuação de um equipamento cultural público no acesso a informações e conteúdos sobre diferentes linguagens. “Isso contribui para que as pessoas reconheçam na biblioteca um espaço para além do livro, uma referência cultural, de circulação de arte, exposições, apresentações, rodas de conversas e outras atividades. Também significa uma oportunidade de ver, por meio de exposição fotográfica, o amplo e rico universo de projetos culturais realizados em nossa cidade, valorizando as produções tanto locais como de outras partes”, sublinhou.
Outro fator destacado por Ana Cristina Mischiati é a chance de o público adquirir conhecimentos relativos aos projetos culturais que são patrocinados pela Prefeitura de Londrina, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), gerido pela Secretaria Municipal de Cultura. É o caso dessa exposição que acaba de iniciar na Biblioteca Lupércio Luppi, que conta com esse incentivo do Município, reforçando a importância da iniciativa a tantos artistas, produtores e agentes culturais.
Antes de desembarcar na Biblioteca da Zona Norte, o fotógrafo Fábio Alcover havia lançado a exposição, em 26 de agosto, na Biblioteca Pública Municipal do Centro, em comemoração ao Mês da Fotografia. Depois, o trabalho itinerante foi levado para a Biblioteca Eugênia Monfranati, na região sul, em outubro.
O conjunto de imagens carrega fotos de grupos nacionais e internacionais que passaram pela programação do FILO e Festival de Dança de Londrina, incluindo Compagnie Philippe Genty (França), Shinjyuku Ryozanpaku (Japão), Quasar Cia de Dança (Goiânia/GO) e Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (Porto Alegre/RS).
Em âmbito local, entre artistas, grupos e projetos londrinenses, destacam-se os trabalhos de palhaçaria do Plantão Sorriso, Cia Clac, Palhaço Ritalino, Grita Cia de Palhaças, Triolé, Palhaça Frida; os espetáculos do Ballet de Londrina, companhia oficial da cidade, e dos outros braços da Funcart – Escola Municipal de Dança e de Teatro; produções do Núcleo Ás de Paus, Teatro de Garagem, Casa das Fases, Cia Nua e Thainara Pereira; além de apresentações da OSUEL, Orquestra Acadêmica Bravi e Grupo Vocal Entre Nós.

O fotógrafo – Fábio Alcover, 46 anos, nasceu em Londrina e apaixonou-se por fotografia bem cedo, ainda que não pensasse nela enquanto profissão, já que estudou técnica de alimentos e agronomia. Ainda na adolescência, em certo Natal da família, o tio emprestou para ele uma câmera profissional, explicando conceitos básicos de fotometria. Abria-se ali um portal para a curiosidade do menino, que passou a experimentar efeitos de luz, engenharia reversa de produção da imagem e a ler revistas e livros especializados. Após breves cursos, mergulhou definitivamente no estudo da área ao frequentar a pós-graduação “Fotografia: Práxis e Discursos Fotográficos”, na UEL.
A essa altura, Alcover fotografava principalmente o universo da música, já que era baterista e tinha amigos na área. Familiarizado com outras artes, pois frequentava espetáculos com a mãe desde a infância, logo começou a dedicar-se aos clics das artes cênicas. Segundo ele, em razão da timidez, era uma forma de produzir retratos de pessoas – algo que sempre o atraiu – sem a necessidade de um contato direto, mas protegido pelo fosso palco-plateia. Com mais de 20 anos de experiência, Fábio Alcover é hoje dos profissionais mais requisitados para a fotografia de palco.




