Projeto “Toda Quinta Tem História” tem continuidade a partir de fevereiro
Iniciadas em 2017, ações já contaram com a participação de cerca de mil pessoas; objetivo é incentivar o hábito da leitura por meio de abordagens lúdicas
A Secretaria Municipal de Cultura dará continuidade, a partir de fevereiro de 2018, ao projeto “Toda Quinta Tem História”. A iniciativa foi idealizada pela Diretoria de Bibliotecas e tem como finalidade incentivar o prazer pela leitura, inserindo o livro no cotidiano de vida das crianças e adolescentes, por meio da contação de histórias e mediação da leitura, com abordagens lúdicas e dinâmicas.
As atividades tiveram início em março de 2017 e, nos primeiros dez meses de projeto, cerca de mil pessoas participaram das ações que ocorrem semanalmente, às quintas-feiras, em seis unidades do Sistema de Bibliotecas de Londrina, contemplando diferentes regiões da cidade. Após o período de férias escolares, as ações serão retomadas.
As atividades são todas gratuitas e abertas ao público, sendo que tanto crianças como adultos são bem-vindos a participar das contações de história. Em 2017, cerca de 20 escolas municipais participaram do projeto, que também recebeu escolas particulares, além de grupos de outras instituições e pessoas da comunidade em geral.
De acordo com a diretora de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura, Leda Maria Araújo, as histórias contadas tem grande contribuição para o desenvolvimento humano, sendo um importante instrumento para a construção do pensar crítico e reflexivo. “A proposta deste projeto é exatamente a de inserir a prática da leitura no cotidiano das pessoas por meio de ações lúdicas. A leitura tem o grande poder de ampliar horizontes, estimular a criatividade e curar sentimentos e emoções. Principalmente junto ao público infantil, a ideia é romper com o caráter de obrigatoriedade da leitura e transformar este hábito em algo prazeroso e enriquecedor”, destacou.
Leda também disse que as contações de história semanais do “Toda Quinta Tem História” integram um projeto estruturado, concreto, com conteúdo sistematizado, fortalecendo o estímulo à leitura para atender as necessidades da população. “Os primeiros meses de projeto proporcionaram um resultado positivo no cumprimento da tarefa de promover a função cultural e social das bibliotecas. As atividades continuarão sendo feitas em 2018 em todas as bibliotecas de Londrina que já estavam sendo atendidas desde o ano passado”, afirmou.
Ao longo do último ano, dez livros foram utilizados nos encontros, que foram conduzidos pelo professor, arquiteto e artista plástico, Paulo Tio, e pela professora Marise Garcia. Nos encontros, eles lançam mão de elementos como fantasias, bonecos, fantoches e materiais para representar os personagens do livro e tornar mais atraente as histórias apresentadas. Entre as principais publicações, foram abordados os títulos “O Pequeno Príncipe”, “Pinóquio”, “Os Músicos de Bremen”, “Emília no País da Gramática”, “Onde Vivem os Monstros” e “O Pequeno Polegar”.
Para Paulo Tio, que há cerca de cinco anos trabalha com contação de histórias em Londrina, as ações do projeto durante o ano passado foram produtivas e significaram uma troca de aprendizados entre ele e o público participante, formado principalmente por crianças e adolescentes em idade escolar.
O professor salientou que o incremento de outros elementos junto às leituras proporciona a materialização mais efetiva das histórias. “Por isso, procuro utilizar artifícios como as fantasias e bonecos, e as crianças podem fazer desenhos, colagens de papel e tecido, entre outras práticas para fixar melhor o aprendizado e extrapolar seus limites criativos. Nesse contexto, eu, como professor, também acabo aprendendo muito com as variadas visões que eles demonstram a partir das histórias”, enfatizou.