Cidadão

Dengue mantém crescimento veloz

Londrina registrou 448 pacientes com a doença, 25% a mais que na última semana

Os números não são bons. Confirmados 448 casos da doença, cerca de 25% a mais do que na semana passada. Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, divulgou o boletim semanal com a situação da dengue em Londrina. Já haviam sido confirmadas ontem duas mortes em idosos, por conta da dengue.

Desde o início do ano, foram registradas 3.252 notificações de dengue no município. Dentro dessas notificações, 1.190 são casos descartados, e outros 1.614 aguardam o resultado dos exames laboratoriais. A região Sul continua sendo a área de maior número de casos de dengue, com 1.370 notificações da doença. Na sequência vem a região Norte, com 632 notificações.

Dentre os casos confirmados de dengue, cinco pacientes estão com a forma grave da doença. Até o momento, onze pessoas estão internadas com dengue, sendo um deles na UTI.

O secretário municipal de Saúde reforçou que o alerta sobre os riscos de uma epidemia de dengue em Londrina tem sido feito desde o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) feito em 2018. “Nossa preocupação vem aumentando a cada dia que nos aproximamos de uma epidemia. Estamos alertando a população sobre vários fatores, como o clima atual, que é mais propício para o desenvolvimento do mosquito. E nós não estamos conseguindo, de forma assertiva, eliminar os criadouros”, citou.

Machado reiterou que, sem o envolvimento da população para combater a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças, não há como impedir que novos casos de dengue surjam. “Em que pese todos os esforços da Secretaria Municipal de Saúde e da Prefeitura, com mais de dez caminhões de fumacê percorrendo toda a cidade, nós ainda observamos muitos criadouros nas residências. Precisamos da conscientização dos londrinenses nesse combate a dengue, é inadmissível que um número tão elevado de casos positivos como esse, que é atrelado à permanência dos criadouros dentro dos imóveis”, ressaltou.

Foto: Vivian Honorato

Na coletiva, a diretora de Vigilância em Saúde do Município, Sônia Fernandes, explicou que tanto as equipes das unidades de atendimento, como os hospitais, são atualizados e passam por capacitações para acolher e assistir os pacientes com suspeita ou quadro confirmado de dengue.  “Desde o início, estamos trabalhando com a capacitação e melhoria da assistência de saúde, de forma que todas as unidades tenham todos os insumos necessários, assim como, quanto ao controle do vetor, nós também estamos fazendo tudo que é possível. Uma vez por semana, nós nos reunimos com os coordenadores, principalmente das unidades de pronto atendimento. E nós temos trazido os hospitais, que são outros pontos de assistência, para também estarem aptos e atualizados na questão do tratamento do paciente com dengue”, detalhou.

Em relação ao risco de uma epidemia de dengue, que é registrada quando o município alcança 350 casos positivos de dengue para cada 100 mil habitantes, Sônia indicou ser uma situação provável. “Tecnicamente, hoje estamos um pouco distantes desse índice, mas mantemos a situação de alerta. Com a vigência do El Niño, há uma alta probabilidade de períodos chuvosos e quentes, por isso teremos um prolongamento da circulação do mosquito. Trabalhamos com a expectativa de mais seis a oito semanas antes que, efetivamente, a temperatura e as chuvas diminuam e, consequentemente, também caia a circulação do Aedes”, adiantou.

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