Teste do pezinho detecta precocemente doenças graves em recém-nascidos

Nesta quinta-feira (6), é comemorado o Dia Nacional do Teste do Pezinho. O teste, obrigatório no país, é realizado pela rede pública de saúde nos primeiros dias de vida dos bebês. O exame de sangue é colhido no pé do recém-nascido, e consegue identificar precocemente várias doenças, o que também viabiliza o tratamento precoce, garantindo mais chances de pleno desenvolvimento aos bebês. Na Maternidade Municipal Lucila Ballalai, o teste do pezinho é feito dentro das 48 horas após o nascimento, e antes que a mãe e o bebê tenham alta.

Com o nome oficial de “triagem neonatal”, o teste do pezinho analisa doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, como anemia falciforme, fibrose cística, fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. Todas essas doenças interferem no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, por isso a urgência em identificá-las.

O gerente de Serviços Complementares de Saúde do Município, Eduardo Cristofoli, destacou que todos os bebês nascidos na Maternidade passam pelo exame, em média 260 por mês. “É um exame obrigatório, colhido em todas as maternidades, e pela rede municipal o seu resultado é repassado à família pelas Unidades Básicas de Saúde”, afirmou.

De acordo com Cristofoli, é necessário aguardar que o organismo do bebê metabolize o resquício de hormônios da mãe que ainda possa ter, por isso a espera para coleta. “O teste do pezinho é muito importante, e para todo bebê nascido no SUS asseguramos esse direito. É necessário que eles passem por esse rastreio, pois são condutas que asseguram o desenvolvimento adequado da criança. Além disso, contamos com uma rede do SUS para direcionar a criança, caso ocorra alguma alteração nesses exames”, explicou.

Dentre as doenças que o teste do pezinho pode identificar, o gerente de Serviços Complementares de Saúde citou a fenilcetonúria, uma doença genética transmitida pelos pais e que pode provocar deficiência mental. “Com o diagnóstico antecipado, obtido com o teste do pezinho, podemos direcionar a criança para o tratamento e permitir que ele tenha o desenvolvimento adequado. Ou seja, aumentam as chances dessa criança ser inteligente e saudável, com uma vida plena”, frisou.

Além do teste do pezinho, a rede municipal também realiza outros exames com os recém-nascidos. Os testes da orelhinha, olhinho e coraçãozinho também oportunizam um diagnóstico e tratamento precoce, de doenças graves como cardiopatias, má formações congênitas e outras. “Esses exames de rastreio permitem o acompanhamento de doenças, orientando o tratamento, cada um vinculado a uma parte do corpo. São doenças identificáveis, que exigem intervenção, e incidem diretamente no desenvolvimento da criança. E, se forem diagnosticadas rapidamente e acompanhadas na hora certa, esta criança deverá ter um desenvolvimento muito próximo ao ideal”, reforçou Cristofoli.

Para a imprensa: outras informações podem ser obtidas com o gerente de Serviços Complementares de Saúde do Município, Eduardo Cristofoli, no 3372-9846.