Cidadão

Saúde apresenta boletim atualizado sobre a dengue em Londrina

Desde o início do ano, foram 2.933 casos positivos; na sexta-feira (23), profissionais participam de roda de conversa sobre a vacinação contra o sarampo

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou, nesta quinta-feira (22), o boletim epidemiológico com a situação da dengue em Londrina. Durante entrevista coletiva, o secretário da pasta, Felippe Machado, informou que, na última semana, foram registradas apenas 13 notificações novas da doença, com nenhuma ocorrência de casos positivos. Dentre os casos suspeitos,12 pacientes aguardam o resultado de exames laboratoriais, e um caso já foi descartado.

No entanto, considerando os registros da doença acumulados desde o início do ano, Londrina possui 13.216 notificações de dengue, sendo 2.933 casos confirmados, 8.500 já descartados e outros 1.783 ainda em análise. “São números preocupantes, que já vínhamos falando desde o ano passado, em relação a uma possível epidemia, e que infelizmente se concretizou. Evidente que, agora, com a chegada do tempo frio, a tendência é que esses números diminuam, mas é o momento que temos para que as ações sejam efetivas e surtam efeito no próximo verão”, afirmou o secretário.

Machado destacou que, mesmo durante o período de inverno, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) continua desenvolvendo o trabalho de combate à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. “Temos várias operações com equipe de Endemias em campo, inclusive palestras educativas, mas ainda assim resta a necessidade de conscientização por parte da população e do cidadão londrinense. O último LIRAa nos mostrou que cerca de 70 a 80% dos criadouros do mosquito estão dentro dos quintais, ou nos lixos irregularmente descartados. E nenhuma força tarefa, ou nenhum empenho dos servidores irá adiantar, se não tivermos a colaboração do cidadão, para que a gente consiga, no próximo verão, não enfrentar uma nova epidemia, com as terríveis consequências que ela traz, como os óbitos”, frisou.

Sarampo – Diante do grande número de notificações de sarampo pelo país, sendo que, destes, dois pacientes do Paraná tiveram confirmação da doença, o Ministério da Saúde divulgou nesta semana nova recomendação, que amplia as doses de vacinação contra o sarampo. A medida busca proteger a faixa etária mais suscetível a evoluir para casos graves da doença, que são os bebês com menos de um ano.

Com a recente alteração no esquema vacinal, além das doses previstas no calendário nacional de vacinação, sendo a primeira aos 12 meses e o reforço aos 15 meses, está sendo ofertada a chamada “dose zero”, para a faixa etária de 6 meses a menores de um ano. Em Londrina, a estimativa é que aproximadamente seis mil crianças estejam dentro desse público.

Embora o município não possua casos suspeitos ou confirmados de sarampo, a SMS realiza, na sexta-feira (23), uma roda de conversa com representantes de todas as unidades de Saúde. Na ocasião, serão repassadas informações sobre a doença, quais os protocolos, e também novas orientações sobre a imunização. “Algumas das UBSs já observaram um fluxo maior de procura pela vacina, então optamos por fazer essa atualização com a nossa equipe, especialmente porque há muito tempo não tínhamos relatos de casos de sarampo, como está ocorrendo agora em várias cidades”, detalhou o secretário.

A atividade irá ocorrer às 8 horas, no auditório da Prefeitura, e a estimativa é que compareçam cerca de 120 pessoas. O endereço é Avenida Duque de Caxias, 635, no segundo andar.

Foto: Gustavo Tacaki

A diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, explicou que há estoques da vacina em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e que os pais e responsáveis devem levar os bebês de seis meses a menores de um ano para serem imunizados. “Nós já utilizamos a vacina nessa faixa etária, há dez anos atrás a primeira dose era feita justamente aos seis meses. Então essa dose é eficaz e extremamente segura para as crianças nessa faixa etária. E estamos retomando justamente porque o sarampo voltou a circular, e as crianças nessa faixa etária são as que mais sofrem, e infelizmente têm mais chances de óbito se adquirirem a doença”, frisou.

Sintomas – A médica infectopediatra que atua na Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), Simone Narciso, citou quais os principais sintomas do sarampo. “É uma doença grave e extremamente contagiosa, causada por um vírus. E o que chama atenção no sarampo, além da febre muito alta, é que o paciente vai ter tosse, ou conjuntivite, ou coriza, junto com essa febre alta. E aparece um exantema, manchas vermelhas pelo corpo. No caso de crianças, que ficam bem prostradas, elas não conseguem brincar, e outra característica são pequenas manchas branco-amareladas na mucosa oral”, citou.

Foto: Gustavo Tacaki

Além da febre acima de 38,5º, de início abrupto, o paciente com sarampo também apresenta muita apatia. “As crianças ficam muito prostradas, não conseguem se alimentar ou se hidratar, então nesses casos é preciso procurar as Unidades de Saúde para atendimento. E a partir do momento que se suspeita de sarampo, é preciso ter o mínimo contato possível com outras pessoas, pois é uma doença altamente transmissível. Mas, quem estiver com as doses de vacinação em dia, dificilmente vai adquirir”, finalizou.

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