Cidadão

Campanha do Laço Branco realiza ações em Londrina

Objetivo é conscientizar o público masculino sobre a violência contra a mulher e o feminicídio

A Campanha do Laço Branco, iniciada no dia 6 de setembro com adesão do prefeito Marcelo Belinati, ainda está acontecendo no município de Londrina. O conjunto de ações destinado a homens, na causa contra o feminicídio e a violência à mulher, é uma realização da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) junto ao Coletivo Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG) e terá encerramento somente em 6 de dezembro – Dia da Mobilização de Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher.

O programa tem por objetivo atender homens a fim de conscientizá-los sobre os assassinatos de mulheres motivados pela violência doméstica ou discriminação de gênero. Ocorrendo desde 2002 na cidade, a campanha, neste ano, possui o tema “Homens pelo Fim do Feminicídio”.

“A Campanha do Laço Branco pretende fazer com que homens repudiem e denunciem qualquer ato de agressão contra as mulheres. Seja este, físico, moral ou psicológico. Queremos conscientizar, nesta oportunidade, exclusivamente o público masculino. Nos unir para entender que os comportamentos tóxicos de masculinidade e o feminicídio estão implícitos na sociedade há séculos e chegou a hora de combatê-los”, contou a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Nádia Oliveira de Moura.

A partir de palestras e rodas de conversas, a SMPM explica a gravidade do assunto para o público masculino e espera que outras instituições, de qualquer segmento, adotem esta ideia.

Um abaixo-assinado, a fim de que homens não pratiquem violência contra as mulheres e nem sejam omissos em relação a este tipo de acontecimento, é outra ação do programa que ocorre durante os debates e em eventos da SMPM, como a Blitz Educativa e o Abraço no Lago.

“Falamos sobre a campanha em cursos de capacitação que realizamos para toda a rede de enfrentamento à violência de Londrina, tais quais o IML (Instituto Médico Legal), a Delegacia da Mulher, a Vara Maria da Penha, ministérios públicos, hospitais públicos e privados, secretarias municipais, universidades e conselhos de direito. O objetivo é estimular estes parceiros através das ações que a gente já desenvolve. Incentivamos para que eles reúnam homens e desenvolvam ações nos seus próprios espaços institucionais”, explicou a gestora em Serviço Social, Sueli Galhardi.

Capacitação – A SMPM  junto à Secretaria Municipal de Recursos Humanos (SMRH) está efetuando capacitações para os servidores municipais, entre os meses de setembro, outubro e novembro, com o mesmo propósito. Os encontros acontecem tanto no auditório da Prefeitura de Londrina quanto no local de trabalho onde há grande concentração de homens.

Até o momento são três oficinas marcadas para os servidores. Ambas ocorrem nesta quinta-feira (10) e irão abordar a violência contra a mulher, além da Campanha do Laço Branco. Os eventos ocorrem um em seguida do outro, das 7h30 às 8h30, das 9h30 às 10h30 e das 12h às 13h. Todos na Rua da Natureza, 155, onde estão localizadas a Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA) e a Secretaria Municipal da Agricultura e Abastecimento (SMAA). Apenas servidores homens irão participar. Na oportunidade serão explicados os conceitos da campanha e coletadas assinaturas para o abaixo-assinado. Não há como realizar inscrições para o evento.

Por meio do programa Juntas Somos Mais, também estão sendo feitos debates em centros religiosos, de qualquer tipo de crença, com foco na violência contra a mulher. O intuito é sensibilizar e informar os grupos de apoio e seus respectivos líderes sobre o movimento.

A Campanha do Laço Branco irá realizar diversas atividades até 6 de dezembro. A agenda será disponibilizada de acordo com a confirmação das ações.

História – Conhecida, mundialmente, como White Ribbon Campaign, a Campanha do Laço Branco foi instituída a partir do episódio do dia 6 de dezembro de 1989. Na ocasião, um homem invadiu a Escola Politécnica de Montreal, no Canadá, expulsou todos do sexo masculino e atirou contra as mulheres que estudavam no local. Ele assassinou 14 delas à queima roupa, por ser contra meninas estudarem engenharia.

No ano de 1991, portanto, mulheres do mundo inteiro se reuniram pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL/EUA) e motivaram, simbolicamente, homens a usarem as fitas brancas contra a discriminação e violência ao público feminino. Atualmente, 150 países estão envolvidos na causa. O Brasil aderiu ao programa em 2001.

Para a Imprensa: outras informações podem ser obtidas com a secretária Nádia Oliveira de Moura, pelo 3378-0114.

Texto: Pedro Nunes sob supervisão dos jornalistas do N.Com

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