Seminário discutiu cuidados com pacientes de câncer terminais
O encontro entre especialistas de todo o Brasil debateu os cuidados paliativos em pacientes terminais da doença
O município de Londrina, através da presença do médico especialista em medicina interna e cuidados paliativos, Luis Fernando Rodrigues, esteve representado no Primeiro Seminário de Expansão de Cuidados Paliativos no Brasil, realizado, na quarta-feira (17), na cidade do Rio de Janeiro.
O especialista foi convidado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) a comparecer ao evento, que, entre outros direcionamentos, teve o objetivo de identificar os avanços e dificuldades no tratamento de pessoas com câncer, através de cuidados paliativos por meio da internação domiciliar.
Juntamente com algumas outras grandes cidades brasileiras, Londrina é referência na utilização e estudos do método desse tratamento no Brasil, sobretudo, por sediar os trabalhos da primeira equipe no cuidado paliativo oncológico mantido totalmente pelo poder municipal.
Sob uma definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos são definidos como “cuidado total e ativo ao paciente e família, quando a doença não responde mais ao tratamento curativo. O controle dos sintomas físicos (entre eles a dor) e dos problemas psicossocioespirituais soberanos. Procura-se dar o maior grau de autonomia possível ao paciente e sua família”.
A partir desse seminário, um grupo de 10 pessoas foi selecionado para realizar um trabalho de identificação desses serviços no Brasil, sobretudo para identificar os problemas em comum entre os municípios. Posteriormente, um documento com os resultados será entregue ao Ministério da Saúde. “A ideia é juntar o maior número de dados possíveis e encaminhá-los, junto com uma proposta de solução, aos tomadores de decisão”, afirmou Luis Fernando Rodrigues.
Rodrigues, que também faz parte do grupo, ressaltou que o desenvolvimento dessa técnica ainda enfrenta grandes dificuldades de financiamento no Brasil. “A luta é para que esse tratamento seja mais abrangente. E essa necessidade se mede pela forma como se cuida de quem está morrendo no país. Nós pretendemos garantir um final de vida adequado”, ressaltou o médico.
Ele ainda conta que a ideia da organização de um seminário surgiu, quando médicos brasileiros estiveram, em outubro, no Canadá e fizeram contato com um grupo de especialistas canadenses integrantes da Rede Internacional de Tratamento e Pesquisa Sobre o Câncer.. A partir daí, eles observaram a necessidade de discutir o assunto também no Brasil, até porque a nova especialidade ainda é pouco conhecida por aqui.